Vinte anos depois, segurança pública no Brasil padece com a falta de integração de dados
Mais de 20 anos depois da primeira lei federal prever a unificação dos registros de identificação, as secretarias estaduais de segurança pública seguem tão isoladas quanto eram em 1997, quando foi editada a Lei 9.454. Outras tentativas se sucederam, sem sucesso. E como alerta o secretário de segurança pública de Goiás, Rodney Miranda, o problema continua.
“Só temos dificuldades nessa questão de integração de dados. No início do século, em 2003, já estávamos discutindo a integração de dados no lançamento do Colégio Nacional de Secretários de Segurança, e hoje ainda continuamos vivendo esse problema”, apontou Miranda ao participar, nesta quinta, 27/5, do fórum ‘A evolução tecnológica na segurança pública’, realizado pela Network Eventos, em parceria com o portal Convergência Digital.
“Temos uma lei federal, com mais de 20 anos, que determina a unificação nacional das carteiras de identidade, mas até hoje não conseguimos avançar”, emendou o secretário de Goiás. Ele revelou que o estado está tentando implantar um sistema próprio, mas reconhece a barreira territorial.
Segundo Miranda, o avanço tecnológico poderia munir o combate à criminalidade, mas muitas vezes ele esbarra na complexidade das soluções. “Existem muitas ferramentas, mas que são complexas para o policial na ponta, ao ponto de não permitir analisar com a velocidade necessária. Não precisamos de mais uma ferramenta de gestão, mas de operação.”
Assista à apresentação do secretário de segurança pública de Goiás.