Telecom

5G amplifica a carteira de serviços dos caixas eletrônicos

Fazer uma videoconferência para tirar dúvidas ao efetuar transações em caixas eletrônicos. Manutenções de equipamentos sendo feitas pelos recursos de realidade aumentada. Essas são algumas aplicações que, em pouco tempo, poderão ser realidade com a chegada do 5G ao mercado financeiro.

“Estamos em laboratório com testes para fazer videoconferências entre a pessoa que está utilizando um Banco24Horas com um atendente em um call center da TecBan, por exemplo. Outro aspecto é aumentar a eficiência do técnico que faz as manutenções nas máquinas, por meio de uso de realidade aumentada para dar mais informações e em tempo real. Ele pode ver detalhes no celular ou usando óculos e, por exemplo, identificar uma peça e ter as informações relativas a ela”, antecipa Sidney Santos, Superintendente de infraestrutura, TI e telecom na TecBan e TBNet.

O executivo fala dos testes reais que estão em andamento para entender como os caixas eletrônicos poderiam se beneficiar com o 5G. A primeira prova de conceito da América Latina aconteceu em Alphaville, na região metropolitana de São Paulo, e serviu para entender os benefícios e as oportunidades oriundas dos avanços propostos pelas especificações da nova rede relacionados a alta disponibilidade do serviço de telecom, tais como menor tempo de resposta (latência) e maior velocidade (largura de banda) para todas as aplicações ativas no ATM.

“O ATM tem performado bem e a disponibilidade dele com 5G tem sido maior que com outras tecnologias — hoje, nos nossos ATMs usamos 4G, 3G e satélite. Ainda é cedo para falar, porque é um único ATM, mas percebemos melhorias de performance, de velocidade na transação”, pontuou.


Com relação à expansão e à incorporação de novos serviços, o superintendente da TBNet afirmou que os planos de negócios dependem do ritmo da implantação da rede 5G no país. O 5G, adicionou Sidney, também vai facilitar a conexão de componentes que hoje ocorre via Bluetooth ou por wi-fi. “O 5G traz protocolos melhores e mais seguros”, afirmou.

O atendimento remoto, que tanto beneficiou o setor de saúde ao longo da pandemia de Covid-19, também está pronto para ser testado no mercado financeiro, observou o executivo, ao falar das oportunidades futuras. Segundo ele, a tecnologia permite que se faça consultas virtuais entre clientes e gerentes de bancos e com o 5G haverá mais serviços especiais a partir das soluções de conectividade disponíveis.

Convivência 

“Todos os mercados vão buscar a melhor solução custo-benefício, aquela que traga o melhor retorno”, destacou Sidney. “Vamos continuar convivendo com as tecnologias 2G, 3G e 4G. Por exemplo, 2G ainda está funcionando. Grande parte das máquinas de cartão ainda usa 2G, porque elas precisam de baixíssimos tráfego e velocidade. A tecnologia 2G está aí — as operadoras não desativaram, a rede está paga e continua sendo usada até para desonerar uso de 3G/4G”, acrescentou.

A convivência se dará também entre redes móvel e fixa. Neste sentido, a infraestrutura de fibra ótica, que está em ampla expansão, é essencial. Isso porque para a quinta geração da telefonia móvel entregar todo o desempenho que promete, com altíssimas velocidades e baixa latência, ela precisa da capilaridade da fibra. O Wi-Fi é outro elemento que complementa as redes.

“A tecnologia de 5G para trazer toda esta performance precisa estar nos pontos. Por exemplo, quando se fala de IoT, é necessário estar com uma cobertura ampla, indoor inclusive, o que depende de altos investimentos. Em algum momento, o 5G vai chegar, mas, até lá, o Wi-Fi, complementar a todas existentes, terá um papel importante”, completou.

Cada vez mais conectados, os serviços financeiros demandam alta disponibilidade. A redundância passa a ser chave para o sucesso, observou o executivo ao falar de produtos disponíveis ao mercado. “O LinkBooster TBNet funciona com dois chips e traz redundância e disponibilidade maior que 99%. Daí o sucesso do produto, porque tem facilidade grande de instalação, já que não precisa de cabo”, destacou Sidney, que acrescentou que soluções integradas com SD-WAN também têm sido adotadas para garantir a redundância e disponibilidade.  

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