Telecom

Hughes: redução do FISTEL devolverá R$ 30 milhões aos assinantes em um ano

A HughesNet, serviço de banda larga via satélite da Hughes do Brasil, está completando cinco anos e assume: está cada vez mais sendo deslocada para as bordas rurais por conta da interiorização da fibra ótica pelos ISPs e da provável expansão do 4G por conta das obrigações do 5G. Mas ainda assim, sustenta o presidente da companhia, Rafael Guimarães, há um enorme potencial de oportunidades para ser atendida. 

“O satélite não compete com a fibra ótica e o 4G chegando nas estradas e em áreas rurais pode ter um custo melhor para o assinante dessas localidades. Mas estamos onde a fibra ótica não vai chegar nem o 4G. Há um mercado enorme para ser atendido e que demanda muito trabalho”, afirmou Guimarães, em entrevista de imprensa, realizada nesta quarta-feira, 21/07. 

O executivo adiantou que 67% dos assinantes da HughesNet têm nela o seu primeiro serviço de banda larga. “A realidade do Brasil não é a das cidades de São Paulo ou Rio de Janeiro com vários provedores. Bem perto daqui (capital paulistta) já há áreas com serviços precários, imagina nas áreas rurais. Em 2020, por conta da pandemia, o uso do nosso serviço cresceu 40% e muitos nunca tinha acessado à Internet até então. Eu tenho tecnologia para oferecer 100 Mbits, mas o custo seria proibitivo, então o meu máximo é 30 Mbits”, contou Guimarães. 

A redução dos impostos, como o FISTEL e de taxas como o TFI e o TFF, reivindicação antiga das empresas de satélite, e sancionada no começo do ano pelo governo Bolsonaro, foi integralmente repassada para os assinantes. Guimarães diz que foi dado um desconto de R$10,00 no preço da conta, o que dará, em um ano, um ganho de R$ 30 milhões à base dos 260 mil assinantes. “Essa era uma briga tão antiga. Era um absurdo satélite pagar até sete vezes mais de imposto do que o celular e a fibra ótica não pagar nada. A nossa decisão foi repassar toda a redução direto para o assinante”, diz o presidente da Hughes do Brasil.

Com capacidade de três satélites em uso, a Hughes planeja o futuro com o satélite Jupiter 3, que será lançado na metade de 2022, e que iluminará até 3500 municípios brasileiros. “Posso assegurar que o satélite não vai desaparecer ou  morrer por causa do 5G ou da fibra ótica. Cada um terá o seu nicho de atuação”, assinalou Rafael Guimarães.


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