Operadoras competitivas terão uma receita líquida de R$ 20 bilhões em 2021
As operadoras competitivas vão ter uma receita líquida de R$ 20 bilhões este ano, conforme projeção feita pela consultoria Teleco e divulgada no I Simpósio TelComp 2021, realizado nesta terça-feira, 31/08. Segundo ainda o levantamento existem, hoje, mais de 20 mil prestadoras de serviços de comunicação multimídia no país, mas apenas 6500 reportam dados à Anatel.
O levantamento mostra ainda que 63% dos acessos de fibra ótica existentes no país pertencem às competitivas, ou seja, dos 19,7 milhões de acessos de fibra, 12,3 milhões são das operadoras competitivas. Além disso, são as competitivas que estão presentes com backhaul de fibra em 4,1 mil municípios, quase o dobro do registrado pela Oi, com 2,4 mil municípios.
“Enquanto as operadoras competitivas adicionaram 12,5 milhões de acessos no começo do ano, as três tradicionais- Claro, Vivo e Oi tiveram adição negativa de 1,1 milhão. Elas conseguiram uma recuperação por conta da migração do cobre para fibra e saíram do negativo, mas as competitivas adicionaram mais 2 milhões de acessos nos cinco primeiros meses do ano”, conta Eduardo Tude, presidente da consultoria Teleco.
No levantamento, o Teleco apura que dos 6000 prestadores competitivos que mandaram dados à Anatel, 1400 atuam apenas com o mercado de pessoas físicas; já 4000 mil deles atuam tanto no B2C como no B2B e 399 atendem tão somente o mercado corporativo.
As operadoras geraram, em 2020, 13, 4 mil empregos e são responsáveis por 350 mil quilômetros de redes no Brasil. Existem ainda cerca de 90 MVNOs (operadoras virtuais), muitas ligadas às operadoras competitivas. “Há uma grande oportunidade para MVNOs no Brasil principalmente nos municípios menores e nas áreas rurais. É um mercado a ser explorado”, pontuou Eduardo Tude.
Se durante a pandemia, a banda larga fixa se consolidou nos lares brasileiros chegando a 69%, Eduardo Tude diz que as operadoras competitivas têm grandes oportunidades de novos negócios com o desembarque do 5G. Segundo ele, será possível gerar novos negócios no B2B e na oferta de banda larga móvel para os municípios menores. “Mas é necessário que a política pública dê acesso ao espectro às competitivas. Só assim será possível ampliar o portfólio de serviço”, completou.