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Para líder de analytics no Next, área de dados tem de ficar fora da TI

Devanyr Araújo afirma que acessar dados de clientes não é tarefa da TI e defende ter dados debaixo da área de transformação digital nas grandes empresas. Nas pequenas, quem deve gerenciar é o próprio CEO.

Foi na adversidade que as áreas de dados cresceram e receberam mais investimentos. Mas saber usar os dados ainda é a grande questão de muita corporação. “Ter os dados é algo crucial. É o que te direciona”, assinalou Devanyr Aquino, líder de analytics no Next, ao participar do  SAS Banking Summit 2021, realizado nesta terça-feira, 31/08.

Economista de formação, Aquino trabalha com dados há quase 14 anos e começou com o desafio de fazer o provisionamento dos bancos para melhorar a acurácia de PDD – provisão para devedores duvidosos. No painel do SAS, ele ressaltou a necessidade de se estabelecer uma cultura dos dados. Também defendeu que a gestão dos dados deve ser feita fora da área de tecnologia da informação.

Para ele, para a cultura de dados acontecer e ser efetiva, é necessário contar com patrocinador top-down e ter o apoio executivo. Senão, é muito difícil acontecer. “Por onde eu começo uma área de dados e a monetizar? Para mim, a chave de tudo está em quem está patrocinando o aculturamento analytics dentro da empresa”, frisou.

A área também deve estar fora da TI, mas deve existir uma parceria com a tecnologia. “Não acredito na área de dados na TI. É preciso acessar dados de clientes, esse é core, e não acho que é o core de TI fazer este trabalho. Além disso, a velocidade imposta para analytics tem de existir e os grandes usuários estão fora de TI”, explicou. Segundo ele, a área de dados poderia reportar a uma área de transformação digital e, em empresas menores, diretamente ao CEO.


Com relação a que dados guardar e por quanto tempo, Aquino explicou que todos os dados de uma carteira são fundamentais para conhecer o cliente em todo o seu ciclo de vida. “Você tem de pensar o que vai conseguir monetizar com o dado que tem, porque tem de pagar por isso”, assinalou, fazendo referência ao armazenamento. 

Aquino há pouco menos de dois anos trabalha no Next, o banco digital que nasceu sob o guarda-chuva do Bradesco e ganhou autonomia. “O aprendizado que estou tendo é relevante e diferente do que eu sempre tive em bancos pelos quais eu passei”, disse. 

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