Apps de transporte vão disputar plataforma digital única nacional do Governo
Depois da substituição gradual de automóveis próprios para deslocamento de servidores públicos, no modelo de despacho por aplicativos conhecido como Táxigov, o governo federal prepara a licitação de um sistema integrado, aberto ao credenciamento de diferentes empresas e atendimento em todo o território nacional.
Batizada de Transporte.gov.br, trata-se de uma plataforma de gestão digital em diferentes empresas, como Uber, 99, ou atuais contratadas no modelo Táxigov, como a Vip Service, poderão se cadastrar. Elas serão unidas nesse sistema nacional por APIs de forma que quando um servidor público precisar de deslocamento, terá uma série de fornecedores à disposição e poderá escolher aquela que oferecer o menor preço para determinado trajeto.
A ideia é que essa plataforma de gestão de transporte possibilite o despacho por aplicativo de demandas para o deslocamento não apenas nas capitais, como acontece atualmente no sistema Táxigov, mas mesmo para viagens para outros locais.
Além disso, também serão incluídos nessa plataforma de gestão os veículos que componham frota própria. E isso será obrigatório para todos órgãos e entidades que possuem veículos. A ideia é viabilizar o compartilhamento de veículos, para diminuir custos. Dessa forma, uma entidade que precise, por exemplo, de um ônibus, pode alugar de outro órgão que possua esse veículo.
Atualmente, as empresas contratadas pelo modelo Táxigov são fornecedores exclusivos. Mas à medida que os contratos forem vencendo, eles também poderão ser cadastrados na nova plataforma. Os planos são iniciar o processo de licitação para o desenvolvimento da plataforma no início de 2022, de forma que a nova dinâmica comece a funcionar no segundo semestre do próximo ano.
O modelo Táxigov vem sendo implantado desde 2017, começando pela substituição dos carros dos ministérios em Brasília pelo serviço de chamadas por aplicativo para os deslocamentos de servidores públicos na capital. Neste 2021, a Central de Compras do Ministério da Economia concluiu a expansão desse modelo a todas as UFs, com exceção do Acre, onde não houve interessados. A ideia com a nova plataforma é evoluir para um sistema de competição direta entre fornecedores.