Red Hat fortalece ecossistema para avançar em edge computing na América Latina
O mercado de computação em borda (edge computing) será gigantesco e não é possível, agora, mensurar o impacto dessa tecnologia nas corporações, sustentou o vice-presidente e diretor geral para a América Latina da Red Hat, Paulo Bonucci, em coletiva de imprensa para jornalistas da região, nesta quarta-feira, 17/05.
E o ponto de partida para avançar, além de consolidar a estratégia de fornecedor de infraestrutura de tecnologia para nuvem híbrida aberta, é ter um ecossistema robusto formado por grandes empresas, como a Accenture, recém-incluída no grupo, como revendas do Nordeste do Brasil, ou da Colômbia, Peru. “Os parceiros chegam onde nós não chegamos”, vaticinou Paulo Bonucci.
Como fornecedora de infraestrutura de tecnologia, o compromisso da Red Hat é com o desenvolvimento de aplicações, plataformas e modelos de negócios para os clientes usarem a nuvem da melhor forma possível. “O mundo não é uma única nuvem. Nós não somos provedores de cloud. Nós não temos datacenters. Mas temos a tecnologia viabilizadora do negócio”, adicionou o diretor de Tecnologia e Vendas da Red Hat para a América Latina, Thiago Araki.
Ele lembrou que no Red Hat Summit, realizado na semana passada, o CEO da Red Hat, Paul Cormier, observou que cada CIO, hoje, é um operador de cloud. “A TI mudou. Ela é distribuída, open e híbrida. O 5G é baseado em software, por isso ele é open e será tão revolucionário”, ressaltou Araki, observando que a Red Hat fechou uma parceria com a GM para o desenvolvimento de um sistema operacional open source para veículos. “O futuro do veículo definido por software é open”, frisou.
No caso de edge computing (computação de borda), Araki lembrou que o avanço da Red Hat se dará através do ecossistema de parceiros, mas também com o lançamento de um portfólio de produtos pensados exclusivamente para edge computing, como servidores distribuídos, com o sistema operacional Red Hat Enterprise Linux especialmente formulado para as demandas das aplicações de computação em borda. “Um bom exemplo do que vem com o edge computing é que a estação internacional está fazendo uma sequência de DNA com software OpenShift Red Hat conectado com um data center na Terra”, relata.
Adquirida há três anos pela IBM, a Red Hat cresce na América Latina e contabiliza mais de 1000 profissionais nas operações distribuídas por São Paulo, Peru, Argentina, Chile, Colômbia e México. “Somos independentes da IBM, que preferiu manter os negócios equidistantes”, observou Paulo Bonucci.
Os segmentos com maior relevância são o financeiro, telecomunicações e setor público, mas varejo e saúde também apresentam forte crescimento, adicionou o VP. Uma novidade da Red Hat para a região é a criação de uma unidade de negócios voltada para Telco, Mídia e Entretenimento, tendo como alvo não apenas o B2B, mas o B2C. “Essas são áreas que vão precisar muito de infraestrutura de tecnologia e de nuvens seguras. Tudo que a Red Hat oferece e estamos prontos para atender”, completou Bonucci.