Computação em nuvem recebe nota máxima em risco para ataques hackers
A América Latina tem o maior risco global de empresas invadidas por hackers, aponta a versão mais recente do Índice Global de Risco Cibernético (Cyber Risk Index – CRI), que é calculado pelo Instituto Ponemon e mede a lacuna entre a atual postura de segurança das organizações e a probabilidade de elas serem atacadas, da Trend Micro. A região apresentou o maior risco em comparação com as outras três regiões analisadas, com CRI de – 0,20. O índice global, definido em – 0,04, é considerado de risco elevado.
O levantamento revelou que 76% das organizações globais acreditam que serão atacadas, com sucesso, nos próximos 12 meses, sendo que 25% afirmaram que isso é “muito provável” de ocorrer, com percepção ainda maior (34%) entre as empresas norte-americanas. Foram ouvidos mais de 3.400 CISOs e gerentes de TI na América do Norte, Europa, América Latina e Ásia-Pacífico.
O estudo informa ainda que 84% dos entrevistados afirmaram ter sofrido um ou mais ataques cibernéticos bem-sucedidos, nos últimos 12 meses, com mais de um terço (35%) admitindo que experimentaram sete ou mais invasões. As ameaças com as quais eles mais se preocupam são o ransomware, phishing/engenharia social e o de negação de serviço (DoS), sendo as consequências negativas da violação o roubo ou a danificação dos equipamentos, custo com especialistas externos e a rotatividade de clientes.
Quando se trata de infraestrutura de TI, as organizações estão mais preocupadas com funcionários remotos, computação em nuvem (com uma pontuação de “alto risco”, de 7,75 / 10 para a América do Norte) e aplicativos de terceiros. As organizações dos EUA colocam a pontuação de risco de computação em nuvem em 9,87/ 10. Isso destaca o desafio contínuo das empresas em garantir os investimentos digitais que fizeram durante a pandemia. Tais esforços foram necessários para apoiar o trabalho remoto, impulsionar a eficiência e agilidade dos negócios e entender o aumento da superfície de ataque corporativo.
“As organizações enfrentam desafios de segurança todos os dias, desde vulnerabilidades de software, violações de dados, até ataques de ransomware e muito mais”, disse Larry Ponemon, presidente e fundador do Instituto Ponemon. “A pesquisa semestral tem sido um tremendo trunfo na avaliação do cenário de risco cibernético, em rápida evolução, ajudando as organizações a melhorar a prontidão de segurança e orientando o planejamento estratégico”.