Equinix avalia data center fora do eixo Rio/São Paulo
A Equinix projeta ter um data center em um terceiro mercado no Brasil fora do Rio de Janeiro e de São Paulo, revelou ao Convergência Digital, em entrevista à CDTV, o presidente da companhia no Brasil, Victor Arnaud. O executivo não entrou em detalhes, mas disse que a estratégia de entrada ainda não está definida. Mas deixou claro também: os investimentos em São Paulo e no Rio de Janeiro vão continuar crescendo.
Para Arnaud, a maior parte do crescimento de dados está por vir e não no retrovisor, o que dá a certeza que o mercado de data centers vai crescer e há espaço para entrantes. “O segmento vai crescer muito. As tecnologias estão evoluindo, 4G, Wi-Fi 6, 5G. A conectividade será cada vez mais ubíqua e vai gerar muito, muito dado”, reforça.
À CDTV, do Convergência Digital, Victor Arnaud foi taxativo: O Brasil será uma plataforma central da América Latina para a Equinix. O executivo falou ainda de políticas públicas para atração de investimentos na área. “A energia já foi um gargalo, mas hoje 99% da energia da Equinix é comprada de fontes renováveis. Do ponto de vista de tributação, seria ideal rever a parte de distintas alíquotas de ISS. Mas o maior problema é a capacitação de mão de obra. Precisamos de mão de obra qualificada”, pontua.
As nuvens públicas- com as big techs – não são um problema. Arnaud conta que a decisão mais acertada da Equinix foi entender que a nuvem pública seria uma aliada e não uma concorrente. Uma pesquisa da empresa confirmou essa tese ao mostrar que, até 2026, 80% das 2000 maiores empresas mundiais vão estar interconectadas com as provedoras públicas ou com provedoras privadas de cloud. E a mesma visão está sendo adotada com as redes neutras. “Quanto mais fibra óptica disponível, mais dado será gerado, mais data centers vamos precisar”, ressalta. O mesmo acontece com relação ao edge computing. “Quanto mais o edge cresce, mais o core fica fortalecido”. Assista a entrevista com o presidente da Equinix no Brasil, Victor Arnaud.