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Anatel discute desligamento das redes 2G e 3G

A Anatel abriu nesta terça, 3/10, uma tomada de subsídios para começar a planejar o desligamento das redes 2G e 3G. O plano é estabelecer um período de transição de cinco anos, até 2028. A consulta fica aberta por 30 dias. 

“Vamos ouvir consumidores, operadoras, indústria, se esse movimento está coordenado e coerente e o que a Anatel deve fazer. É parar de certificar? É exigir que a operadora comece a cancelar plano de serviço? A gente não pode prejudicar nenhum modelo de negócios nem o consumidor com retomada de equipamentos ou parada do serviço”, explicou o superintendente de Outorgas e Recursos à Prestação da Anatel, Vinícius Caram. 

A ideia é reaproveitar os nacos nas faixas de 800 MHz e 1,8 GHz de forma a viabilizar blocos de até 5 MHz para as gerações tecnológicas mais modernas. Atualmente, as gerações mais antigas estão mais concentradas em dispositivos IoT/M2M, que podem ser atendidos por tecnologias mais modernas. 

“Estamos falando de 2G, que se utiliza basicamente das faixas de 800 MHz e 1,8 GHz, e sabemos que as operadoras já têm portadoras de 3G e 4G no mesmo bloco de 800 MHz e 1,8 GHz. Seria razoável, já pensando no fim da autorização de outorga das bandas A e B, que se encerrará em 2028, e já pensando no refarming com blocos de 5 MHz, possibilitando 4G e até mesmo 5G. Deixar esse espectro de forma ineficiente para 2G não faz mais sentido”, disse Caram. 

A transição até 2028 tem relação direta com a unificação do fim das outorgas das bandas A e B. E endereça o custo de manutenção de várias gerações tecnológicas simultaneamente. 


“As pessoas não usam mais 2G para consumo. É, principalmente, M2M/IoT, que não necessita de muita banda, mas que começa a ficar obsoleto. Manter estações 2G na rede tem um custo de manutenção para um volume pequeno de IoT, que poderá até 2028 ser migrado para tecnologias 4G e 5G. A gente espera um movimento coordenado, com um possível desligamento de rede até 2028, quando teremos movimentos de novas outorgas para novas tecnologias nessas faixas, em especial as bandas A e B”, completou o superintendente da Anatel. 

Assista à entrevista com o superintendente de Outorgas e Recursos à Prestação da Anatel, Vinícius Caram. 

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