Com Vale e Petrobras, Brasil tem as maiores redes privativas do mundo
O Brasil está entre os líderes globais na implantação de redes neutras, se não em quantidade, em capacidade e tamanho. Como destacou o diretor de operações da Telefônica Tech, Diego Aguiar, ao tratar do tema no Futurecom 2023, isso garante ao País um lugar de destaque no desenvolvimento de um ecossistema global.
“O Brasil tem um papel importante por estar na vanguarda das redes privativas. Temos os maiores casos do mundo operando no Brasil, feitos pela Vivo, um de óleo e gás com a Petrobras, uma rede privativa onshore e offshore, e outro com a Vale, tanto para minas como para ferrovias. Isso credencia a gente, pelo tamanho dessas redes e a forma como elas são operadas, como um dos principais players do mundo em termos de redes privativas”, afirmou Aguiar.
“Isso é importante porque estar na vanguarda agora é conseguir, além de implementar e ganhar experiência, orquestrar um ecossistema que vem se desenvolvendo em cima de redes privativas”, completou o diretor da Telefônica Tech, provedora global de serviços de nuvem, internet das coisas e Big Data do grupo Telefônica,
Como discutido no Futurecom, esse ainda é um ecossistema fragmentado, com diferentes atores buscando espaço na oferta desses serviços. As estimativas apresentadas variam entre 400 e 1,8 mil empresas explorando o potencial das redes neutras, como é o caso das grandes empresas de nuvem, os hyperscalers, apontados como concorrentes das teles nesse ecossistema. Para Diego Aguiar, no entanto, as operadoras de telecomunicações têm um destino natural nesse processo.
“É natural que sejamos e nos posicionemos como orquestradores dessas soluções, desses ecossistemas. Porque tudo que vamos desenvolver está em cima dessas redes privativas. Hoje, temos uma miríade de empresas trabalhando conosco para desenvolver hardware, software, serviços profissionais, consultoria, implantação profissional, para extrair o máximo de potencial que essas redes têm. E em cima disso tudo, temos capacidade, com cientistas de dados, para conseguir analisar, coletar e transformar esses dados coletados das redes privativas em insights estratégicos para os clientes. Então é natural sermos orquestradores desse sistema.”
E em que pese a importância de implantar as maiores, a oferta de redes privativas não é restrita a grandes clientes. “Investimos em uma infraestrutura que pode ser fragmentada em pacotes P, M ou G, pequeno, médio ou grande. E tem os serviços um pouco mais customizados para empresas muito grandes. Mas nosso objetivo é fornecer redes privativas a qualquer tamanho de empresa, obviamente adaptando para a necessidade do cliente. E não é futurologia. É bastante realidade e a Vivo está oferecendo isso hoje”, finalizou o diretor da Telefônica Tech. Assista à entrevista com Diego Aguiar.