APIs serão protagonistas no uso da Inteligência Artificial Generativa
Mas o Gartner faz uma advertência: é preciso gerenciar os riscos 100% do tempo para evitar falhas de segurança, perda financeira e de reputação ou responsabilidade e dano social.
Mais de 80% das empresas utilizarão modelos ou interfaces de programação de aplicações de Inteligência Artificial Generativa (IA GenAI), e/ou irão implementar aplicações habilitadas para essa tecnologia em seus ambientes de produção até 2026, aponta o Gartner.
“A Inteligência Artificial Generativa tornou-se uma prioridade máxima para a alta administração e tem gerado inovação no uso de ferramentas e de modelos fundamentais”, diz Arun Chandrasekaran, Vice-Presidente e Analista do Gartner. “A demanda pela tecnologia está aumentando em diversas áreas, como saúde, ciências da vida, jurídica, serviços financeiros e setor público”, adiciona.
Entre as inovações cotadas para impactar empresas nos próximos dez anos, três incluem aplicações habilitadas para Inteligência Artificial Generativa, modelos fundamentais e gestão de confiança, risco e segurança de Inteligência Artificial (AI TRiSM). São elas:
Aplicações Habilitadas para Inteligência Artificial Generativa: As aplicações habilitadas para Inteligência Artificial Generativa utilizam essa tecnologia para aprimorar a experiência dos usuários (UX) e aperfeiçoar a obtenção de resultados desejados. À medida que as aplicações são habilitadas com a Inteligência Artificial Generativa teremos uma ampla gama de conjuntos de habilidades dentro da força de trabalho. “O padrão mais comum para as capacidades incorporadas da tecnologia hoje em dia é o texto-para-X, o que democratiza o acesso para tarefas que costumavam ser especializadas, como técnicas de engenharia e prompts com linguagem natural”, explica Chandrasekaran. “No entanto, essas aplicações ainda apresentam obstáculos, como imprecisões e erros que podem limitar por enquanto o impacto e a adoção generalizada.”
Modelos Fundamentais: “Os modelos fundamentais representam um passo importante para a Inteligência Artificial devido ao seu treinamento maciço e à ampla aplicabilidade em diversos casos de uso”, diz Chandrasekaran. “Os modelos fundamentais impulsionarão a transformação digital dentro das empresas, melhorando a produtividade da força de trabalho, automatizando e aprimorando a experiência dos clientes e possibilitando a criação econômica de novos produtos e serviços.” Os modelos fundamentais estão no Peak of Inflated Expectations do Hype Cycle. O Gartner prevê que, até 2027, os modelos fundamentais sustentarão 60% dos casos de uso de processamento de linguagem natural (PLN), o que representa um aumento significativo em relação à 2021. “Os líderes de tecnologia devem começar com modelos de alta precisão nos quadros de líderes de desempenho, aqueles que têm suporte ecossistêmico superior e possuem diretrizes empresariais adequadas em termos de segurança e privacidade”, afirma Chandrasekaran.
Gestão de Confiança, Risco e Segurança de Inteligência Artificial (AI TRiSM): O AI TRiSM assegura a governança de modelos de Inteligência Artificial, confiabilidade, equidade, robustez, eficácia e proteção de dados. O AI TRiSM inclui soluções e técnicas para interpretação e expliação de modelos, detecção de anomalias em dados e conteúdos, proteção de dados de Inteligência Artificial, operações de modelo e resistência a ataques.
“As empresas que não gerenciam consistentemente os riscos da Inteligência Artificial têm uma inclinação exponencial para experienciar resultados adversos, como falhas de projeto e violações. Resultados imprecisos, antiéticos ou não intencionais da Inteligência Artificial, erros de processo e interferências de atores maliciosos podem resultar em falhas de segurança, perda financeira e de reputação ou responsabilidade e dano social”, adverte Chandrasekaran.