Serpro e Dataprev lucraram R$ 4 bilhões em seis anos
As estatais de TI Serpro e Dataprev divulgaram notas públicas para rebater uma reportagem da TV Globo, exibida pelo Jornal Nacional, que incluiu as duas, inclusive com imagens, em um suposto rombo de R$ 6 bilhões das empresas públicas federais em 2023.
O governo federal, via Ministério da Gestão, divulgou que “o Tesouro não vai ter de cobrir déficit de estatais. Não existe ‘rombo’, o que existe são investimentos com recursos que as empresas já têm em caixa”. No caso específico de Serpro e Dataprev, a conta é na verdade diametralmente oposta. Somente nos últimos seis anos, a soma dos lucros das duas estatais de TI superou R$ 4 bilhões.
A Dataprev é lucrativa desde o fim da década de 2010. O Serpro tem lucros sucessivos desde 2017, período em que acumulou resultados que somam R$ 2,43 bilhões. No mesmo período, a Dataprev operou com lucro de R$ 1, 58 bilhão. A Globo diz que a Dataprev terá “rombo de R$ 200 milhões” em 2023. A empresa nega.
“Com relação à notícia ‘Estatais brasileiras devem fechar 2023 com rombo de quase R$ 6 bilhões’, no Jornal Nacional de quarta-feira (15), a Dataprev esclarece que, a partir de dados atualizados sobre seus resultados financeiros, a expectativa para 2023 é de um lucro próximo a R$ 500 milhões, e um resultado primário positivo de R$ 26 milhões.” O Serpro, que também aparece na reportagem, igualmente divulgou nota.
“O Serpro não é uma empresa pública deficitária. Pelo contrário, temos projeções para ao final do exercício de 2023 de resultado líquido em torno de R$ 402 milhões e superávit orçamentário acima de R$ 500 milhões, ou seja, o desempenho econômico-financeiro do Serpro contribuirá positivamente para o alcance das metas fiscais por meio da distribuição de dividendos. Além disso, é importante destacar que o Serpro não faz parte do Orçamento Geral da União desde 2004 e, portanto, a associação da marca Serpro por meio da utilização de imagens de sua fachada no contexto de uma reportagem sobre aporte da Secretaria do Tesouro Nacional não condiz com a realidade.”