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Infracommerce: O antes e depois do comércio eletrônico com IA

Tomar decisões baseadas em dados detalhados de estoque, pedidos, logística, devoluções e pagamentos, tendo uma visão completa da jornada do cliente, é fundamental para o varejista conseguir se adiantar aos eventos e estar preparado. Quando se trata de e-commerce, contar com essa visibilidade aumenta a previsibilidade, que, no fim do dia, significa reduzir perdas, deixar o cliente mais satisfeito e incrementar os lucros.

É por isso que a Infracommerce, empresa responsável pela estrutura, gestão e operação de e-commerce de grandes marcas da indústria e do varejo no Brasil, investiu no desenvolvimento de ferramentas de business analytics e de  inteligência artificial.

A solução de business analytics consome informações de um data lake estruturado, alimentado por dados de diversos pontos da operação do e-commerce, e entrega insights de forma centralizada e organizada nas mãos do cliente deles e do próprio time. Segundo a companhia, é algo que está revolucionando o dia a dia da operação dos e-commerces que ela gerencia.

O sistema inteligente também entrega às empresas parceiras um relatório completo e em tempo real de toda a cadeia da operação. A partir disso, é capaz de fornecer sugestões e visões estratégicas de negócios, como reposição eficiente de estoque e gerenciamento de demandas.

“Construímos algoritmos de IA para duas finalidades. Uma é para inteligência de vendas. Para fazer uma boa previsão de vendas, desenvolvemos algoritmos que fazem a correlação de cada produto dentro de toda a cadeia. A segunda é a inteligência de abastecimento. Quando acerto o forecast, consigo voltar à cadeia de distribuição e deixá-la melhor abastecida e isso evita ruptura — de, por exemplo, o produto não estar na loja quando o cliente quer — e também o excesso de produtos”, detalhou Luiz Fernando de Souza, diretor-geral da Infradata, braço da Infracommerce para inteligência de dados e tecnologia para embasar a tomada de decisões e oferecer maior sustentabilidade de varejistas, indústrias e distribuidores.


A Infradata nasceu a partir de aquisições de empresas focadas em soluções de inteligência analítica e seguiu desenvolvendo internamente ferramentas voltadas para o comércio eletrônico. De acordo com Souza, em produtos que são carro-chefe a solução chega a uma  acuracidade de forecast de 90% a 95%. “Conseguimos mostrar para o varejista o quanto vai vender de cada produto”, disse o diretor.

A informação gerada pela IA, de acordo com ele, é “a cereja do bolo”. A grande questão é que os clientes começaram a evoluir e automatizar a cadeia toda. Por exemplo: na ordem de abastecimento para uma rede de supermercado, normalmente, um funcionário é quem diz o que vai e agora tudo pode ser feito de forma automatizada, com a informação gerada pelo algoritmo indo para o ERP e a IA apontando quantas unidades dos produtos vão para quais lugares. 

Outro exemplo de automação está no processo de compra. Grandes varejistas ou centros de distribuição emitem centenas de pedidos de compra por dia e a solução aponta o que vão comprar. “O pedido nasce pronto, alguém checa e confere, mas não é algo que começa do zero”, contou Souza.

A inteligência Artificial tem mudado e-commerce aportando mais previsibilidade às empresas. “Sabemos que montar a oferta ideal é o mais desafiador. Hoje, fazemos a previsão de venda de um cliente por meio de IA e dentro das soluções de forecast e de abastecimento trazemos insights para marketing para a empresa entender qual tipo de campanha para qual cliente”, explicou o diretor da Infradata. 

A chave é identificar padrão do consumidor para fazer uma campanha que o impacte e que ele seja mais propenso a adquirir. “A IA ajuda muito a clusterizar o consumidor para entender que tipo de oferta ele prefere. Em vez de fazer campanhas genéricas, você personaliza a partir de características comuns de atributos”, disse Souza.

Para Luiz Fernando de Souza, a grande sacada da inteligência artificial foi o surgimento das tecnologias de redes neurais e de algoritmos não supervisionados. Isso permitiu fazer melhores cruzamentos de informações e com a máquina detectando padrões e correlacionando dados.

Se BI é olhar para o passado, as novas ferramentas com base em IA mudam o jogo no comércio eletrônico. Aumentar a acuracidade das previsões leva ao crescimento das vendas. Isso porque no varejo o dinheiro ou está no caixa ou no estoque.

“Quando o dinheiro vai para estoque e ele gira, ótimo, mas, quando fica parado, consome o resultado da companhia. “Nosso propósito é fazer com que nossos clientes tenham maior lucratividade a partir de uma maior eficiência dentro da cadeia de distribuição”, atestou Souza.  

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