Governo publica edital oferecendo R$ 100 milhões para indústria de chips no Brasil
O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação e a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) lançaram a chamada pública Mais Inovação Semicondutores, que destina R$ 100 milhões em recursos não reembolsáveis para estimular a indústria nacional de chips.
A chamada faz parte do programa Mais Inovação, executado pelo MCTI e Finep, que conta com 11 editais de subvenção econômica para diversos setores, no valor total de R$ 2,18 bilhões, vinculados à nova política industrial do país.
A chamada Mais Inovação – Semicondutores tem foco na seleção de projetos de desenvolvimento de tecnologias relativas ao design, fabricação e encapsulamento e teste de semicondutores. O objetivo é ampliar a participação da indústria nacional no setor no mercado global.
Segundo secretário de Ciência e Tecnologia para Transformação Digital do MCTI, Henrique Miguel, a iniciativa casa com a reativação do Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec), a estata de chips, em Porto Alegre-RS, que chegou a ser desativada na gestão Bolsonaro.
“É uma oportunidade ímpar de iniciarmos um arranjo de apoio à pesquisa, desenvolvimento e inovação e também de desenvolvimento do processo produtivo da empresa no Brasil”, apontou.
Segundo o secretário, o edital abrange os principais elos da cadeia de semicondutores e foi elaborado em cooperação com representantes do governo, iniciativa privada e academia.
O diretor de Inovação da Finep, Elias Ramos, explicou que a chamada pública para semicondutores faz parte de uma das seis missões da Nova Política Industrial, que é a de transformação digital. “Nossa expectativa nesses editais é de aprovar projetos estruturantes que resolvam questões candentes para o nosso país, que podem ser feitos por meio de redes e parcerias entre empresas e instituições científicas e tecnológicas”.
O Mais Inovação é o maior programa de inovação da história do MCTI, com R$ 66 bilhões a serem investidos nos próximos quatro anos em diferentes modalidades (reembolsáveis e não reembolsáveis) – e faz parte dos R$ 300 bilhões da Nova Indústria Brasil.