Streaming pela internet tem 87% do faturamento musical no Brasil
Mercado total cresceu 13,4%, para R$ 2,9 bilhões. Em alta de 21,9%, assinaturas somaram R$ 1,6 bilhão.
Puxado pelo streaming, o mercado de música no Brasil cresceu 13,4% em 2023, atingindo R$ 2,9 bilhões de faturamento. Há sete anos no top 10, o país ficou na nona posição entre os maiores mercados musicais do mundo.
Os dados estão em relatório divulgado nesta quinta, 21/3, pela Pro-Música, entidade que representa as principais gravadoras e produtoras fonográficas do país. O resultado obtido no ano passado mais do que triplica o faturamento do mercado fonográfico nacional nos últimos seis anos.
O crescimento brasileiro em 2023 supera a expansão do mercado global (10,2%), cuja receita atingiu US$ 28,6 bilhões no período e que também foi influenciado pelo streaming.
No Brasil o streaming registrou um aumento de 14,6% e gerou receitas no valor de R$ 2,5 bilhões. Esse tipo de distribuição de música respondeu por 99,2% do total das vendas físicas e digitais, e por 87,1% das receitas totais do setor em 2023.
Assinaturas em plataformas digitais como Spotify, Deezer e Apple Music movimentaram R$ 1,6 bilhão, valor 21,9% acima de 2022. Já as receitas de de streaming remunerado por publicidade caíram 1%, para R$ 442 milhões.
O streaming de vídeo, especialmente os vídeos musicais interativos financiados exclusivamente por publicidade, teve crescimento de 7,3%, para R$ 415 milhões.
O relatório aponta que, dentre as 200 músicas mais acessadas nas plataformas de streaming no Brasil em 2023, a música brasileira teve participação de 93,5%, contra 75% quando a liderança de vendas era em vinil ou CDs
As receitas oriundas de execução pública para artistas, músicos e produtores fonográficos cresceram 4%, somando R$ 336 milhões, enquanto as de sincronização subiram 87%, alcançando R$ 14 milhões.
O mercado físico também mostrou evolução no ano passado. Apesar de representar apenas 0,6% do total das receitas, esse mercado alcançou R$ 16 milhões, maior patamar desde 2018, com crescimento de 35,2% em relação a 2022. Os discos de vinil foram o grande destaque, com vendas que totalizaram R$ 11 milhões, um aumento de 136,2%, e tornando-se o formato físico mais vendido, ultrapassando os CDs.
* Com informações da Agência Brasil