Nuvem e APIs são o caminho para teles monetizarem o 5G

Um novo estudo da Juniper Research sustenta que as operadoras de telecomunicações encontrarão crescimento de receitas através da monetização de mercados empresariais para capitalizar este ano um mercado global de de aproximadamente R$ 4,5 trilhões. 

Segundo o relatório Global Operator Revenue Strategies 2024-2028, apesar do investimento significativo em redes 5G, as operadoras têm lutado para rentabilizar a adoção generalizada da nova geração tecnológica pelos consumidores. Não conseguir obter preços melhores em relação aos serviços 4G tem sido uma questão fundamental.

“Apesar do investimento em novas tecnologias, as estratégias para monetizar redes através de assinantes móveis foram insuficientes. Os futuros modelos de negócios devem criar valor para as empresas e novos fluxos de receitas que monetizem através de atividades empresariais”, aponta o documento. 

O relatório recomenda que as operadoras invistam em tecnologias de computação em nuvem que permitam novos serviços, como APIs compatíveis com CAMARA, a padronização utilizada pelo Open Gateway, da GSMA, que no Brasil tem adesão de Vivo, Claro e TIM. A ideia, vale lembrar é que APIs permitam softwares de terceiros se comunicarem com aplicações específicas presentes em redes de telecomunicações.

A Juniper avalia que o 5G é a principal plataforma facilitadora para o crescimento das operadoras no mercado de IoT, devido ao alto grau de processos definidos por software que permitem a rápida implantação de APIs.

No entanto, para maximizar este crescimento, as operadoras devem fornecer APIs que permitam o gerenciamento de dispositivos em tempo real, a configuração remota e a integração com soluções de terceiros. Segundo a análise, isso posicionará bem as redes das operadoras para capitalizar a oportunidade de receitas de conectividade IoT, considerando a previsão de mercado de crescer de US$ 10 bilhões em 2023 para US$ 23 bilhões em 2028 – ou seja, de cerca de R$ 50 bilhões para R$ 115 bilhões.