Inteligência artificial generativa duplica uso de nuvem na América Latina
A disseminação de recursos com inteligência artificial, especialmente a generativa, está turbinando o interesse de empresas e instituições públicas no uso de computação em nuvem.
Projeções da AWS, o maior fornecedor global de nuvem, indicam que se entre 2022 e 2023 a América Latina tinha migrado 5% dos dados, essa proporção já dobrou. Segundo o diretor de setor público da empresa para a região, Andres Tahta, a nova onda acelerou a adoção de cloud computing.
“A inteligência artificial generativa é hoje uma maneira de iniciar a conversa. E a resposta é sempre positiva. Vemos muito interesse, um impacto muito grande nos ambientes e nas tratativas. E acelera não só o interesse como a adoção da nuvem. Sejam governos, entidades educacionais, de saúde, do terceiro setor mostram uma vontade muito grande de fazer transformação digital. E sem dúvida a IA generativa está acelerando esse interesse”, afirma.
Os números reforçam esse entendimento. “Cerca de 25% dos dados possíveis de irem para a nuvem, já foram para a nuvem. Na América Latina isso é mais baixo, 10%. Então ainda tem muito espaço para avançar. Ao mesmo tempo vemos um grande incremento na maturidade, especialmente no Brasil, que lidera a adoção de nuvem na região”, diz Tahta.
Em entrevista à Convergência Digital durante o Simpósio de Setor Público da AWS, realizado nesta quarta, 8/5, em Brasília, o diretor da AWS destacou a liderança do Brasil na disseminação da nuvem e da IA para além de órgãos federais, com destaque no Poder Judiciário.
“Vemos um impacto significativo na Justiça. E não apenas em nível federal, mas também em nível estadual, com grande uso de IA generativa. Isso se dá em várias formas, mas uma utilização importante acontece para sumarizar as sentenças. São milhões de processos, milhões de documentos muito grandes. E a tecnologia permite que sejam sumarizadas decisões sobre determinado tema em questão de minutos, um trabalho que levaria meses no modelo tradicional.”
