Itaú Unibanco já tem 100% dos seus dados na nuvem para avançar na IA
O Itaú Unibanco já está com todos os dados na nuvem e completou 70% da modernização prevista de sua plataforma. Falando com jornalistas, ao término do painel de abertura do Febraban Tech, Milton Maluhy Filho, CEO do Itaú Unibanco, respondeu a perguntas da CDTV do Convergência Digital com relação à estratégia de inteligência artificial e à migração para nuvem.
Maluhy explicou que a migração para computação em nuvem é jornada longa na qual o banco está trabalhando há cinco anos. “Estamos superavançados e falta concluir a última etapa para descomissionar, que é o termo técnico para sistema legado, o mainframe”, apontou. AWS é o principal provedor, não é o único. O banco também utiliza Microsoft Azure.
O Itaú Unibanco está mudando a lógica de operar o datacenter, mas isso não significa que não terá mais a central de dados. “Ele sempre vai ter um papel, contingência, redundância. Ir para cloud é, primariamente, para ganhar agilidade, velocidade e, sobretudo, para potencializar a inteligência artificial generativa”, apontou.
Ao falar de IA, ele destacou o impacto em todos os setores, promovendo mudanças em como as pessoas fazem as suas atividades e tomam suas decisões. “Os potenciais são infinitos; a mudança começou agora, estamos nos estágios iniciais e acreditamos que a inteligência artificial vai trazer novos modelos de negócios e vai reinventar os modelos existentes, trazendo vantagem de compreensão preditiva, de você antecipar movimentos. Estamos no começo desta jornada e queremos liderar este processo”, destacou.
IA e nuvem
Ir para a nuvem foi a maneira pela qual o Itaú entendeu como a melhor forma de processar IA. Isso porque pode levar muitos workloads para nuvem e, assim, ganhar agilidade, a partir de tecnologias de ponta. “Já temos 100% dos nossos dados na nuvem e estamos finalizando a modernização das plataformas. Modernizar as plataformas no banco significa reescrever a plataforma, levar ela para a melhor tecnologia possível e, assim, migrar para a nuvem”, explicou.
Do planejado para modernizar, 70% foi concluído. A escolha do que passaria pelo processo de migração para nuvem se deu olhando para o que era importante para o cliente. O CEO ponderou que o banco já passou pelo momento crítico, que data de quando a decisão foi tomada, há cinco anos.
“Temos um plano de execução que vemos implementando à risca e estamos felizes com os avanços até aqui. Não chegamos ainda, mas estamos em nível de competitividade, de velocidade, agilidade e de interpretação das dores dos clientes. Estamos em condição de igualdade para competir com qualquer fintech e naturalmente tendo oportunidade de avanço e melhoria”, assinalou.
Assistam à entrevista.