Bradesco: IA generativa revoluciona o desenvolvimento de códigos
O Bradesco avança nos testes de inteligência artificial generativa não apenas para a área de atendimento, como também está usando para dar velocidade ao desenvolvimento de aplicações.
“A inteligência artificial generativa já está revolucionando a área de tecnologia para desenvolvimento de códigos. Vemos ganhos da ordem de 36% na codificação e 45% na qualidade das histórias, que é aquilo que precisa ser desenvolvido”, ressaltou Edilson Reis, CIO do Bradesco, em entrevista à CDTV, após participar do painel nesta quarta-feira 26/06, no Febraban Tech 2024 que debateu a disrupção da IA no setor financeiro na visão dos CIOs dos bancos.
“Se tivermos qualidade naquilo que precisa ser desenvolvido, se tivermos massa e cenário de testes no momento da criação das aplicações, isso vai diminuir o nosso time to market e aumentar a velocidade que entregamos resultados para os nossos clientes”, complementou.
No painel, o CIO do Bradesco assinalou que o GitHub Copilot tem trazido ganhos de eficiência. “Vimos uma melhora absurda com o uso de inteligência artificial generativa na escrita das histórias”, destacou, acrescentando que, em operações, um banco do tamanho do Bradesco não consegue executar tudo manualmente. “Sem IA neste processo é impossível!”.
Evolução da BIA — Assim como o presidente do Bradesco, Marcelo Noronha, já tinha adiantado no painel de abertura com os CEOs, Reis detalhou que, atualmente, 1600 gerentes estão usando a BIA com inteligência artificial generativa nas agências. A expectativa é fechar no fim do mês com 5 mil e chegar a 60 mil no segundo semestre.
Além deles, está sendo feito testes com 600 clientes finais, que são funcionários do banco, que usam a BIA com GenAI. “Eles contam quando ela alucina. Mas isso é algo que está embrionário e precisamos de algum tempo da tecnologia e segurança para colocar na mão do cliente final”, alertou, completando que a tecnologia tem de ser colocada em produção com parcimônia e ser muito testada antes.
Há muitas preocupações em torno da tecnologia, como ética e uso responsável. Reis avaliou que a tecnologia ainda não está dominada e seu uso ainda está muito ligado ao ganho de eficiência. A mudança de jogo virá quando ela estiver mais próxima ao negócios. E, ainda assim, a inteligência artificial generativa será combinada com outras tecnologias.
Para Edilson Reis, hoje a adoção recai mais em modelos generalistas, que, para a fase atual faz sentido e dá tração, mas, segundo ele, talvez serão necessários modelos mais especialistas. Assistam à entrevista.