Telecom

TIM: sai o zero rating para OTTs entra roaming a preços acessíveis no plano controle

Fechar a torneira para o zero rating era uma estratégia já anunciada pela TIM desde o começo do ano, mas, agora, ela será uma realidade nas ‘próximas semanas’, anunciou a operadora em coletiva à imprensa, depois da teleconferência de resultados do segundo trimestre, nesta quarta-feira, 31/07.

A proposta da TIM é tirar o zero rating ilimitado concedido para os OTTs – WhatsApp, Instagram, Facebook, Messenger e X (ex-Twitter) – durante três meses  no plano controle – para uma franquia limitada mensal para cada um dos produtos. A operadora, porém, não fala sobre custos dessa mudança para o consumidor.

Ao mesmo tempo, porém, os usuários do plano controle – que é o pré-pago com característica de pós-pago – vão ter agora o acesso ao roaming em viagens internacionais dentro do pacote contratado. O presidente da TIM, Alberto Grizelli, disse que as mudanças da operadora já foram feitas pelas concorrentes e, no caso da TIM, a busca é por ‘melhorias orgânicas e comerciais”.

Outra mudança será a possibilidade de o cliente pode escolher a cada mês qual serviço de streaming – como Prime Video, Netflix, Deezer, You Tube e outros-  parceiro ele prefere. “Somos a única a permitir isso e agora vamos incrementar”, adianta Avellar. A TIM não quis revelar quando o novo pacote para o plano Controle será lançado, mas insistiu que será ‘nas próximas semanas’. 

Resultados financeiros


A TIM obteve lucro líquido normalizado de R$ 781 milhões no segundo trimestre deste ano, o maior valor para o período na história da companhia. Na comparação com o mesmo intervalo do ano passado, a alta é de 22,5%, de acordo com balanço financeiro divulgado nesta terça-feira, 30. No primeiro semestre, o lucro avançou 21% ante a primeira metade do ano passado, somando R$ 1,3 bilhão.

O resultado apurado entre abril e junho foi impulsionado por diversas verticais de receita, em especial os segmentos de telefonia móvel, banda larga e produtos (aparelhos e acessórios). A receita líquida, inclusive, avançou 7,5%, para R$ 6,3 bilhões, e a receita de serviços cresceu 7,2%, alcançando R$ 6,1 bilhões, na comparação anual.

O serviço móvel registrou R$ 5,76 bilhões em receitas no segundo trimestre, alta de 7,3%. A receita média por usuário (ARPU, na sigla em inglês) atingiu R$ 31,2, valor que representa uma expansão de 6,88% em relação ao segundo trimestre do ano passado.

O pós-pago, com avanço de 10,1%, foi o destaque do período. O ARPU dessa operação teve alta de 1,8%, chegando a R$ 43,9 – excluindo M2M, o indicador registrou expansão anual de 3,1%, ficando em R$ 53,4. Segunda a TIM, o desempenho é explicado por reajustes de preços no plano controle a partir de abril e nos demais pacotes a partir de maio, além da migração de clientes para planos de maior valor e da redução da taxa de desconexão para 1% ao mês.

Já o faturamento do pré-pago teve queda de 1,5% ante o segundo trimestre do ano passado. O ARPU, ao contrário, avançou 4%, totalizando R$ 14,9. A receita do segmento caiu porque parte dos clientes está migrando para o pós-pago. A empresa também diz que condições macroeconômicas têm impactado as recargas.

A TIM ampliou em 4,5% as receitas com serviços fixos no segundo trimestre, as quais somaram R$ 337 milhões. O TIM UltraFibra, produto de banda larga fixa via redes de fibra óptica, cresceu 8%, totalizando R$ 234 milhões. O ARPU atingiu R$ 98,6, avançando 3,9% na comparação anual.

Já a receita de produtos teve expansão de 18,5%, para R$ 199 milhões, ante o segundo trimestre do ano anterior. O resultado foi puxado pelo aumento da venda de aparelhos para o consumidor, além de acessórios e equipamentos de Internet das Coisas (IoT) para o segmento corporativo.

O capex ficou estável, somando R$ 925 milhões no segundo trimestre deste ano. Os investimentos em rede caíram 1,5% (R$ 636 milhões), enquanto os destinados a TI e outras áreas aumentaram 3,2% (R$ 289 milhões).

A TIM encerrou o segundo trimestre com 62 milhões de clientes do serviço móvel. Em 12 meses até junho, 761 mil clientes foram adicionados à base (566 mil só no período de abril a junho). A base do pós-pago cresceu 9%, alcançando 29 milhões de assinantes. O pré-pago, por sua vez, encolheu 4,7%, ficando com 33 milhões de clientes.

“A Companhia continua investindo em infraestrutura de rede na medida em que o 5G se consolida em novas regiões. Nesse trimestre levamos o 5G para 87 novas cidades, totalizando 353 cidades cobertas ao final de junho”, diz a TIM, em trecho do informe financeiro.

Na banda larga fixa, a TIM conta com 798 mil assinantes ao fim do segundo trimestre – a base foi ampliada, na comparação anual, em 4,8%. Desse total, 731 mil são atendidos por redes de fibra.

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