AWS investe para tornar a IA generativa acessível para todo tipo de cliente
A AWS elegeu como seu desafio tornar a Inteligência Artificial acessível para todo e qualquer tipo de cliente. Esse foi o mote do AWS Summit 2024, que aconteceu nesta quinta-feira, 15/08, em São Paulo.
O diretor geral da AWS no Brasil, Cleber Morais, observou que o futuro está sendo construído a partir da combinação de computação em nuvem com a IA generativa. “Tudo vai mudar. A Goldman Sachs revelou que os investimentos em tecnologia vão ficar em 7 trilhões de dólares nos próximos 10 anos. São centenas de oportunidades. Empresas vão perder espaço e outras vão despontar”, detalhou.
O vice-presidente de IA da AWS, Vasi Philomin, reforçou que a IA generativa está fomentando uma nova era tecnológica e vai mudar o negócio. “A IA precisa ficar acessível a todo tipo de cliente. Mas também tem de ter proteção e filtros para evitar as alucinações. Os dados têm de estar atualizados, precisos e à mão na nuvem. Na verdade, a IA generativa nos permite a habilidade de pensar no desenvolvimento do software”, descreveu o especialista.
No cenário de computação em nuvem, Cleber Morais destacou os números da Cazé TV durante as Olimpíadas. Com 100% das transmissões em streaming e hospedada na nuvem da AWS, a Cazé TV gerou mais de 800 horas de conteúdo e teve 650 mil pessoas acessando por minuto e não registrou nenhum downtime. “Essa força da nuvem é crucial para dar garantia aos novos negócios”, sinalizou.
Cloud + IA generativa
Clientes da AWS aproveitaram o AWS Summit 2024 para confirmar que IA generativa e nuvem possuem uma simbiose. O Santander, por exemplo, contou sobre o piloto que está conduzindo com o AmazonQ, que são aplicações prontas disponibilizada pela AWS, para ampliar a produtividade dos desenvolvedores de software.
O VP executivo de TI e Operações da instituição financeira, Luis Bittencourt, reforçou que a obsessão pelo cliente promoveu a ida para a nuvem. “Não fomos para cloud por ir para cloud. Nós estudamos a necessidade. Queremos ações simples e intuitivas. Hoje a nossa plataforma de pagamentos também está migrando para cloud”, antecipou.
O CEO da Localiza, Bruno Lasansky, disse que a empresa está usando IA Generativa, a partir do uso da plataforma Amazon Bedrock, que permite acesso a todos LLMs abertos disponíveis no mercado para treinamento. Com 630 mil veículos na sua frota, a Localiza possui mais de 450 mil carros conectados pela Internet das Coisas. O objetivo, diz o CEO, é prevenir acidentes e reduzir as fraudes. No total, a Localiza usa mais de 9 mil componentes e possui mais de 500 aplicações em TI. “Mas estamos ainda com a cabeça no aprendizado. Mas já sabemos que IA generativa vai mudar tudo”, reforçou o CTO, André Petenussi.
Se definindo como uma datatech, a Serasa Experian, tem uma base com 2 pentabytes de dados disponíveis e tem como meta a individualização do atendimento dos clientes. Migrando sua infraestrutura do tradicional mainframe para a nuvem, o CEO da companhia, Valdemir Bertolo, diz que essa jornada tem de ser feita de forma gradual.
“Ir para cloud foi o caminho, mas temos de ter certeza de que não haverá downtime. Se pararmos, metade do sistema financeiro para”, conta. O Serasa Experian está usando o Amazon Bederok para fazer provas de conceito com a IA generativa. A mais recente permitiu reduzir o tempo de acesso a mais de 170 mil consultas.
“O que antes levava 48 horas, agora, está sendo entregue em tempo real. E como temos 25 milhões de acessos mensais a base de dados, temos de garantir a qualidade desse dado acessado”, completou Bertolo.
* Ana Paula Lobo viajou ao AWS Summit 2024 a convite da AWS Brasil