Segurança

Aumentam os ciberataques que só são detectados depois de 30 dias

Fornecedores e parceiros são principais vetores de invasões

Um novo relatório da empresa de soluções digitais de segurança Kaspersky aponta que ciberataques longos – que precisam de mais de um mês para serem descobertos – representaram 21,85% do total em 2023, aumento de quase 6% comparado a 2022. Fornecedores e parceiros (por meio de ataques de cadeira do suprimento) foram um dos principais vetores iniciais de infecção explorados pelos cibercriminosos. A conclusão é do levantamento Incident response analyst report 2023, que tem como intuito ajudar empresas na resposta e tratamento de incidentes.

Os ataques que exploram as relações de confiança entre duas ou mais empresas correspondem mais de 6% do número total de ataques de longa duração. Essa classificação inclui os tradicionais ataques à cadeia de suprimentos, mas também engloba outras categorias como conexões VPN, provedores de nuvem, uso de serviços de autenticação e chaves públicas (criptografias) e programas de afiados. Essa tendência possibilita que os criminosos realizem invasões em grande escala e com mais eficiência do que se realizassem ataques diretos individuais. Para muitas empresas, esses ataques podem ser devastadores e, como detectá-los leva mais tempo, é difícil distinguir a falha que originou essa invasão.

A razão por trás da demora na descoberta é que a empresa utilizada como vetor inicial de infecção, que normalmente não sofre um dano direto, não se reconhece como vítima e pode relutar em colaborar. Além disso, as organizações afetadas precisam do auxílio da empresa que serviu como vítima inicial da invasão para entender como o ataque ocorreu para poder definir como agir a partir desse incidente.

Botão Voltar ao topo