Com IA e nuvem, produção de robôs cresce 14% ao ano
Relatório projeta mercado de R$ 1,2 trilhão em 2030
A indústria de robótica vai crescer a uma taxa composta anual (CAGR) de 14%, de US$ 76 bilhões (R$ 416 bilhões) em 2023 para US$ 218 bilhões (R$ 1,2 trilhão) em 2030, prevê um novo estudo da GlobalData.
O mais recente relatório “Inteligência Temática: Robótica” classifica os robôs em duas categorias: robôs industriais e de serviço. Os robôs industriais são normalmente usados em fábricas para automatizar partes do processo de fabricação, enquanto os robôs de serviço auxiliam os humanos no trabalho em ambientes não industriais ou em casa.
O relatório analisa a cadeia de valor da robótica, os principais intervenientes na indústria e os recentes desenvolvimentos tecnológicos, macroeconómicos e regulamentares que impactam a indústria da robótica.
Um dado importante é que a computação em nuvem e a inteligência artificial (IA) são essenciais para o desenvolvimento de robôs industriais e de serviços inteligentes, que podem antecipar e adaptar-se a situações com base na interpretação de dados derivados de uma série de sensores (por exemplo, câmeras 3D, scanners lidar, transmissores de ultrassom , sensores de força e detectores de obstáculos). Usando a IA, os robôs podem tomar decisões de forma independente, mover-se de forma autônoma e navegar, embora com restrições.
“Hoje, os robôs de serviço são mais uma novidade do que uma ferramenta útil. Os robôs de atendimento projetados para aliviar a escassez de pessoal em hospitais e lares de idosos tendem a criar mais (e não menos) trabalho para os funcionários que devem mover, limpar e monitorar os robôs. As tecnologias de IA e nuvem ajudarão a desbloquear todo o potencial dos robôs, transformando-os em máquinas autônomas”, aponta a GlobalData.
Startups de robôs humanoides, como Figure AI, UBtech Robotics e 1X Technologies, receberam mais de US$ 1 bilhão (R$ 5,5 bilhão) em investimento privado em 2024. No entanto, o robô de consumo mais popular ainda é um aspirador de pó em forma de disco.
“Os robôs humanoides têm muito potencial, mas levará uma década para atingir a produção em massa. São necessários mais avanços na navegação e comunicação autónomas e o hardware deve tornar-se significativamente mais barato se o objetivo dos humanoides for substituir o trabalho humano.”