Governo

Na Europa, IA nos serviços públicos é considerada grande risco. E aqui no Brasil, como será?

Na Europa, o uso da inteligência artificial nos serviços públicos foi considerado de alto risco. No Brasil, a regulamentação ainda está em discussão, mas para a coordenadora geral de Gestão Estratégica da AGU, Marcella Barbosa de Castro, acredita que a IA veio para ajudar, mas não poderá ser usada nos serviços públicos sem uma supervisão humana. “A prestação de serviços públicos, em especial, na Justiça, tem um impacto enorme na vida do brasileiro”, observa.

Para Marcella Barbosa de Castro, a inteligência artificial pode ser um dos caminhos para reverter a visão de muitos brasileiros de que o serviço público é lento. “A maioria não sabe que os processos jurídicos brasileiros são comparados com o da Coreia do Sul. A Europa está muito atrás”, diz à CDTV, do portal Convergência Digital, durante o evento Desafios para a transformação digital da Advocacia Pública nacional, evento realizado pela AGU, em Brasília, com organização da Network Eventos, nos dias 24 e 25 de setembro.

A especialista descarta uma IA única no governo, mas diz que a IA só será útil se for usada para resolver problemas específicos. “Não enxergo uma IA controladora de tudo”, reforça. Marcella Barbosa de Castro lembra ainda que o brasileiro leva todos os seus problemas para serem resolvidos no judiciário. “É momento de se pensar em soluções alternativas e deixar a Justiça para os problemas mais sérios”. Assista a entrevista com Marcella Barbosa de Castro, coordenadora geral de gestão estratégica da AGU.

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