Inteligência Artificial está no topo das preocupações dos CEOs e dos CIOs, mas 45% das empresas não possuem uma estratégia formal para IA, muito até em função das pressões econômicas e geopolíticas, o que abre brechas para quem trabalha na segurança da informação, pontua o Cybersecurity Workforce Study, pesquisa publicada pela ISC², e que ouviu mais de 15 mil profissionais de cibersegurança no mundo.
O levantamento corrobora dados já conhecidos do mercado. A força de trabalho em cibersegurança foi afetada pelas condições econômicas agravando as lacunas de talentos e habilidades. Tanto assim que 67% dos profssionais entrevistados falaram sobre escassez de pessoal em função dos cortes orçamentários e das demissões. Faltam recursos ainda para o desenvolvimento de equipes de segurança cibernética.
Outro ponto relevante mostrado pelo estudo é : a falta de habilidades essenciais tem impacto significativo, tanto assim que 59% dos participantes relataram que isso afeta a capacidade de proteger as organizações.
Não por acaso, o estudo deixa claro que os profissionais de cibersegurança pressionam por estratégias claras e por regulamentações para um uso seguro da Inteligência Artificial Generativa, só assim, afirmam será possível mitigar os seus riscos.
Mas fica claro que a IA generativa não é vista como uma ameaça. Ao contrário. As equipe de cibersegurança a enxergam como uma oportunidade para melhorar a eficiência e reduzir lacunas de habilidades no futuro.
Quase 70% dos profissionais acreditam que, nos próximos dois anos, a IA terá impacto positivo, auxiliando na detecção de ameaças e na tomada de decisões. No entanto, advertem para a necessidade urgente de diretrizes que orientem a adoção responsável da IA garantindo que seu uso traga benefícios sem comprometer a segurança organizacional.