Pesquisa divulgada nesta sexta-feira, 29 de novembro, pelo Banco Central (BC) aponta que a proporção dos pagamentos feitos em dinheiro caiu de 76,6% em 2019 para 40,5% em 2023. Nesse período, houve aumento do uso de meios eletrônicos, como o Pix, cartões de crédito e de débito e boleto.
A 2ª edição da pesquisa “O brasileiro e os hábitos de uso de meios de pagamento” foi conduzida entre outubro e novembro de 2023. No período, foram feitas pesquisas quantitativas com 1.500 pessoas e 600 estabelecimentos comerciais. Em adição, os entrevistados fizeram 1.228 diários de pagamento, que são um registro de todos os pagamentos e transferências realizados por eles durante uma semana.
Utilizando informações desses diários de pagamento, a pesquisa apontou essa redução do uso diário do dinheiro. O Pix, que não existia quando a 1ª edição da pesquisa foi realizada, em 2019, passou a representar 24,9% dos pagamentos. A pesquisa também mostrou que o Pix foi mencionado como o meio de pagamento preferido por 41,5% dos entrevistados. O dinheiro fica em segundo lugar, com 38,1%, e o cartão de débito em terceiro, com 13,1%.
Para os comerciantes, o dinheiro foi citado como meio preferido por 42,2% dos entrevistados. Já o Pix chegou a 37,5% da preferência. O cartão de débito ficou em terceiro, com 12,3%.
A pesquisa mostra ainda que o número de pessoas que recebe sua principal fonte de renda em conta de instituições subiu de 40,2% em 2019 para 64,1% em 2023. Por sua vez, a porcentagem de quem recebe em dinheiro caiu de 56,8% para 34% no período. Segundo o BC, “isso impulsiona o uso de pagamentos eletrônicos, aumentando a eficiência dos pagamentos de varejo”.
A pesquisa ainda mostra que 17,3% dos respondentes não usaram o Pix nos últimos 12 meses. A principal razão, dita por 37,3% das pessoas que disseram não usar o Pix, é falta de conhecimento. Outros 28,5% disseram não achar o Pix seguro ou não confiar no meio de pagamento. Em terceiro lugar, 19,2% responderam que só realizam pagamentos em dinheiro.