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Repressão aos marketplaces como Amazon e Mercado Livre reduz número de celulares piratas para 8,3 milhões em 2024

De cada 10 smartphones vendidos no Brasil, dois deles são vendidos de forma irregular, sustenta dados divulgados nesta quinta-feira, 12/12, pela Abinee, em coletiva de imprensa online. De acordo com a entidade, em 2024, o número de celulares irregulares ficará em 8,3 milhões, ou 20% do mercado total. Segundo dados da IDC, o mercado oficial de telefones celulares ficará em 34 milhões de unidade em 2024, 2% acima do atingido em 2023, sendo 33 milhões de smartphones (+3%).

Em 2023, o montante de celulares piratas foi maior e chegou a 11 milhões, ou 25% do mercado total. “As ações conjuntas da Receita Federal, Anatel e SENACON, do Ministério da Justiça, foram essenciais para a redução dos aparelhos irregulares. Os marketplaces, em especial Amazon e Mercado Livre, foram fiscalizados. E o poder judiciário definiu que eles são responsáveis pela venda de aparelhos irregulares. Isso vai ajudar no combate à pirataria”, observa o diretor de celulares da Abinee, Luis Claudio Carneiro.

Indagado se a chinesa Xiaomi ainda lidera os celulares irregulares, o executivo da Abinee, disse que a fabricante apoia as ações de combate à pirataria. “Eles são prejudicados, esses celulares piratas chegam com 40% do valor abaixo do mercado, já que não têm a carga tributária, mas não têm garantia e prejudicam a marca”,afirmou Carneiro.

Por lei, apenas os homologados pela Anatel podem ser vendidos no país. Para obter a homologação, os fabricantes devem submeter seus aparelhos a uma série de testes de segurança, radiofrequência e proteção de dados. Também precisam cumprir outras regras, como incluir manuais em português e vender acessórios — como os carregadores de bateria — também homologados.

Para 2025, a expectativa é que esse percentual caia mais ainda ficando em 5,2 milhões de celulares irregulares, ou 14% do mercado total. “Mas ainda é bem alto o percentual. O normal é que esse montante fique entre 8% a 10%. A fiscalização à pirataria não pode parar e terá de ser permanente e muito ativa”, adicionou o presidente da Abinee, Humberto Barbato.


Eletroeletrônica em números

A indústria elétrica e eletrônica encerrou 2024 com faturamento de R$ 226,7 bilhões, um crescimento (nominal e real) de 11% na comparação com 2023, segundo a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee). Todas as áreas representadas registraram alta no faturamento.

A produção física do setor apresentou aumento de 10,2% em relação ao ano passado, puxada principalmente pelo desempenho da área elétrica durante o ano. Os resultados de faturamento e produção contaram com uma base fraca de comparação (2023) visto no ano passado esses indicadores apontaram quedas de 6% e 11%, respectivamente.

Já o número de empregados em 2024 teve alta de 7%, encerrando o ano com 284,2 mil trabalhadores, 18,7 mil vagas a mais que no final de 2023 (265,5 mil trabalhadores).

De acordo com a Abinee, também os investimentos do setor eletroeletrônico apresentaram crescimento, de 10%, alcançando R$ 3,9 bilhões em 2024. Já a utilização da capacidade instalada passou de 73% em dezembro de 2023 para 79% no final de 2024.

Perspectivas para 2025

Os principais indicadores da indústria eletroeletrônica deverão registrar no próximo ano incrementos mais discretos do que os verificados em 2024. O faturamento do setor deverá somar R$ 241 bilhões em 2025, crescimento de 6% em relação a 2024, com taxas positivas em todas as áreas.

No próximo ano, a produção física do setor deverá crescer 5%. A previsão é de aumento também na mão de obra empregada no setor, que passará de 284,2 mil funcionários no final de 2024 para 290 mil no final de 2025. Já a utilização da capacidade instalada deverá se manter em 79%.

Os investimentos deverão totalizar R$ 4,2 bilhões, resultado 7% acima do verificado em 2024. A expectativa é de que as exportações continuem contribuindo com o desempenho do setor, com elevação de 3% e as importações cresçam 2%.

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