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2025: é chegada a hora de as corporações dizerem adeus ao BYOD?

'zeladores cibernéticos' pode ser uma função 'chata', mas será essencial em era de ataques em massa.

Em um relatório publicado recentemente pela TeamViewer, ficou revelado que 65% dos tomadores de decisão nos EUA estão cansados do boom da Inteligência Artificial e desejam implementações práticas da tecnologia para seus negócios. Os líderes provavelmente farão com que isso aconteça ao longo desse ano que deverá registrar mais casos de uso empresarial mais maduros de IA.

“Os últimos dois anos foram de tentativa, erro e exploração. Agora, as empresas querem ver o retorno de seus investimentos. Para as equipes de segurança e cibernética, há muito potencial para a IA automatizar atividades tediosas em um centro de operações securitárias, o que libera mais tempo para os profissionais se concentrarem em projetos maiores, como o planejamento para um mundo pós-quântico”, pontua o CISO da TeamViewer, Robert Haist.

O especialista faz uma previsão relevante: segundo ele vai aumentar o número de empresas interessadas em reverter as políticas de BYOD (sigla em inglês para Bring Your Own Device; Traga Seu Próprio Dispositivo, em português). Em 2009, o BYOD se tornou tendência porque os executivos queriam acessar e-mails e informações corporativas em seus dispositivos pessoais. Ou seja: nunca se tratou de um movimento estratégico do ponto de vista das necessidades do trabalhador médio ou da perspectiva de segurança empresarial.

Mas com a necessidade de as empresas reforçarem seus procedimentos para se proteger de ameaças cibernéticas cada vez mais caras e em constante evolução, os líderes empresariais estão agora prestando mais atenção aos CISOs que recomendam um retrocesso à tendência BYOD que já perdura por quase duas décadas.

“Mas essa mudança de mentalidade pode demorar, mas é importante. Os CISOs precisarão trabalhar em estreita colaboração com as equipes de gerenciamento de mudanças nas empresas para educar líderes e funcionários sobre porque o BYOD não faz sentido do ponto de vista da segurança”, adiciona Haist.


As equipes de segurança que se concentram nos aspectos ‘chatos’ do trabalho, como gerenciar patches para reduzir a superfície de ataque, manter um ambiente limpo e livrar a empresa de dados que não são mais necessários, adianta ainda o CISO, vão evitar muito mais ataques cibernéticos do que os profissionais hiperfocados no mais recente invasor cibernético que chega às manchetes. Para o Haist, as equipes de segurança podem se considerar ‘zeladores cibernéticos’ que fazem ‘faxinas’ regulares para manter um ambiente seguro.

“Isso pode ser entediante, mas os benefícios compensam porque evitam ataques cibernéticos e aumentam a segurança para as empresas baseadas na nuvem. A manutenção regular de dados e sistemas promove eliminação contínua de informações desnecessárias geram uma economia significativa para a empresa ao reduzir a quantidade de armazenamento de dados e de recursos computacionais necessários”, completa o CISO da TeamViewer.

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