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Guenzburger: “O DTH não morreu e tem uma base muito relevante no Brasil”

Em entrevista ao Convergência Digital, o presidente da Mileto Tecnologia, Roberto Guenzburger, disse que o controle da OiTV só virá depois da anuência da Anatel. "O nosso projeto só dará certo se todo o ecossistema da OiTV se juntar. E estamos negociando muito para isso", afirmou.

“A nossa grande motivação foi a de manter a OiTV ativa e garantir a continuidade do serviço aos clientes”, afirma o presidente da Mileto Tecnologia, que comprou a OiTV, sem concorrentes, por R$ 30 milhões, Roberto Guenzburger. Ao portal Convergência Digital, o executivo – que foi diretor da Oi – disse que o time reunido para o projeto trabalhou para negociar e conseguir apoio do ecossistema – operadora de satélite (SES), programadoras, fornecedores.

Segundo ele, são 400 mil clientes no modelo pós-pago, 200 mil assinantes no modelo pré-pago e cerca de 4 milhões de antenas e equipamentos que um dia já estiveram conectados à OiTV e que a Mileto vai trabalhar para recuperar, pelo menos em parte. “O que estava à mesa era descontinuar e deixar mais de 600 mil clientes sem o serviço. Nós acreditamos que é possível manter o serviço funcionando. O DTH ainda tem muitos assinantes no Brasil e nem todo lugar terá fibra óptica. O Brasil é continental. O consumo de conteúdo é absolutamente necessário”, sustentou Guenzburger.

Segundo ele, há uma grande negociação com os parceiros – desde a SES, operadora que tem um satélite especialmente dedicado para atender a OiTV, passando por programadoras e fornecedores. “A TV por assinatura precisa dessa coesão para se manter. Já negociamos e estamos negociando mais”, assegura. Guenzburger admite que o IPTV tem menos clientes, mas será mantido. “Como já disse: nossa missão agora, mais do que falar do futuro, é garantir a continuidade dos serviços. Depois quando estabilizarmos, vamos pensar no futuro”.

Guenzburger confirmou que tão logo a Mileto Tecnnologia assuma o controle da empresa de controle específico que será criada pela Oi para o negócio de TV por assinatura – e para isso precisa da anuência da Anatel, mas não precisará passar pelo CADE – vai convocar os funcionários da OiTV a continuarem no projeto. “Vamos precisar de todo mundo comprometido 100% com a OiTV. Os funcionários fazem parte desse projeto”, diz.

A Mileto reúne profissionais experientes no mercado de telecomunicações, tendo à frente nomes como Roberto Guenzburger (ex-executivo da Oi, Claro, ATL e Americel), Renato Svirsky (ex-country manager da Zapping Brasil) e Luiz Eugênio Salomon (ex-Gerente Jurídico da Telebrás). Empres vai pagar R$ 30 milhões, sendo R$ 10 milhões à vista e até R$ 20 milhões de forma variável, a depender do número de assinantes dentro de dois anos.


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