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A Microsoft entrou definitivamente na briga da computação quântica. Nesta quarta-feira, 19/2, a empresa revelou um chip para computação quântica, batizado de Majorana 1, que segundo a companhia, ‘é menos propenso a erros que os dos rivais Google e IBM’. Segundo ainda a Microsoft, fica evidenciado que a computação quântica está a ‘anos e não décadas de distância’. O chip foi fabricado nos laboratórios da Microsoft no estado de Washington e na Dinamarca.
A computação quântica promete realizar cálculos que levariam milhões de anos para os sistemas atuais e poderiam desbloquear descobertas na medicina, química e muitos outros campos onde mares quase infinitos de combinações possíveis de moléculas confundem os computadores clássicos. Os computadores quânticos também teriam condições de derrubar os sistemas de segurança cibernética atuais, ao quebrar as criptografias atuais.
O maior desafio dos computadores quânticos é que um bloco de construção fundamental chamado qubit, semelhante a um bit na computação clássica, é incrivelmente rápido, mas também extremamente difícil de controlar e propenso a erros.
O Majorana 1 é projetado para atingir 1 milhão de qubits em um único chip, o que representa uma escala sem precedentes. Esse número é essencial para que computadores quânticos possam resolver problemas complexos, como simulações avançadas de novos materiais, descoberta de medicamentos e otimização de sistemas logísticos.
Especialistas de mercado projetam que aplicações comerciais de computação quântica só vão estar disponíveis em um prazo de cinco anos. A IBM, por exemplo, projeta computadores quânticos em larga escala estarão ativos até 2023. Mas o CEO da Nvidia, Jensen Huang, é mais cético. Ele afirmou que a computação quântica ainda vai levar duas décadas para ultrapassar os chips voltados para Inteligência Artificial.
A Microsoft não revelou um cronograma para ampliar a produção do chip seria ampliado para permitir os computadores quânticos no mercado, mas sustenta que será ‘bem antes do que o esperado pelo mercado’. O vice-presidente executivo da Microsoft, Jason Zander, descreveu o chip Majorana 1 como uma estratégia de “alto risco, alta recompensa”.