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Por Roberta Prescott
A inteligência artificial generativa está impulsionando os datacenters a acelerar investimentos em capacidades de rede. Pesquisas recentes da IDC indicam que 28% dos provedores de datacenter no Brasil já estão adequando suas estruturas para atender exclusivamente à demanda de IA generativa.
E, segundo mostrou a IDC Predictions Brazil 2025, conforme a IA generativa se torna mais integrada às operações das empresas nacionais, a demanda nos datacenters por switches mais potentes e eficientes se intensifica, impulsionando um aumento nos investimentos de 12% em 2025 para garantir que a infraestrutura de TI possa lidar com os novos requerimentos de tráfego.
De fato, com o aumento do interesse e da utilização de recursos de inteligência artificial (seja tradicional ou generativa), o consumo de recursos de infraestrutura para criação de modelos LLM/SLM ou para inferência é intenso. Pesquisa da IDC com empresas de grande porte aponta que cerca de 90% das organizações contam com, pelo menos, um caso de uso de IA ativo atualmente.
Diante desse cenário, desponta o aumento de GPUs. Afinal, há crescimento exponencial no tráfego de dados, o que exige das redes desses ambientes maior capacidade para suportar a transferência massiva de informações entre servidores e dispositivos de armazenamento. “É preciso reavaliar as necessidades atuais de rede, além de resfriamento e energia elétrica”, disse Luciano Saboia, diretor para telecomunicações da IDC América Latina, ao participar do evento online de resultados da IDC Predictions Brazil 2025.
Saboia insistiu que a ampliação do uso de GPUs para aplicações de IA e IA generativa implica na necessidade urgente de reavaliar as capacidades atuais de rede para garantir que a infraestrutura seja capaz de atender ao volume de dados que precisa ser transportado, armazenado e processado de forma eficiente e escalável. Segundo o executivo, os datacenters no Brasil deverão desenvolver estratégias de conectividade e infraestrutura que atendam à crescente demanda de nuvem híbrida e multicloud pelas empresas, ao mesmo tempo em que considera o impulso dos hyperscalers e provedores de conteúdo.