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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social e a Financiadora de Estudos e Projetos anunciaram nesta quinta, 20/2, um edital de R$ 3 bilhões para financiar a criação ou expansão de Centros de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PD&I) no país. O lançamento ocorreu em Campinas (SP), polo tecnológico do interior paulista, e está aberto a empresas brasileiras e estrangeiras interessadas em transferir competências tecnológicas para o Brasil.
As propostas devem contemplar a implantação ou a expansão de centros próprios de PD&I para a realização de atividades de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação relacionadas a, pelo menos, uma das missões da Nova Indústria Brasil (NIB), política de desenvolvimento industrial do governo federal. E deverão contemplar a necessidade de crédito superior a R$ 10 milhões para centros a serem instalados ou expandidos nas regiões Norte e Nordeste, e acima de R$ 20 milhões para as demais Regiões. O prazo de execução das propostas pode ser de até 36 meses.
Em entrevista, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou que os centros acelerarão o lançamento de produtos inovadores, elevando a competitividade da economia. “O Brasil ocupa a 14ª posição em produção científica global, mas precisa converter esse conhecimento em inovação empresarial e reter talentos”, afirmou. O país figura atualmente no 49º lugar no Índice Global de Inovação (2023), abaixo de seu potencial como uma das dez maiores economias mundiais.
Já o vice-presidente Geraldo Alckmin, ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, vinculou a iniciativa aos avanços do país no ranking de inovação, que subiu quatro posições em 2024. “A neoindustrialização depende de investimentos em PD&I para gerar empregos qualificados e sofisticar nossa produção”, declarou.
O edital também abre oportunidade para empresas globais explorarem o ecossistema brasileiro, que inclui mão de obra qualificada, institutos de pesquisa e parques tecnológicos. Os projetos selecionados deverão colaborar com universidades e instituições nacionais, com ênfase em áreas estratégicas como transição energética, bioeconomia e tecnologias digitais.