CNEN: Estrago do ataque cibernético faz retomada de produção de remédios contra câncer levar 15 dias
Força-tarefa trabalha para religar os sistemas afetados pelo hacker no dia 7/4. Produção normalizada dos remédios radiofármacos e radioisótopos está prevista para 10/4. Não foi revelado se houve a tentativa de extorsão pelos hackers.
Onze dias depois do grave ataque cibernético sofrido (28/3), a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) planeja reativar seus sistemas no dia 7/4. A partir dessa data, a estimativa é que a produção de radiofármacos e radioisótopos seja retomada na quinta-feira, 10/4.
Segundo o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, o plano de religamento está sendo cumprido com sucesso e a prioridade é total para o restabelecimento do sistema de produção de radiofármacos e de toda a infraestrutura de apoio necessária.
Mas a nota oficial não fala sobre a investigação da Polícia Federal nem se foi um ataque de ransomware ou se houve a tentativa de cobrança de resgate por parte dos hackers.
De acordo com o MCTI, todas as ações de restabelecimento do ambiente produtivo consideram, com rigor, os aspectos de proteção radiológica, garantindo a segurança dos trabalhadores, profissionais da saúde, pacientes e do meio ambiente.
Cabe destacar que a retomada da produção de radiofármacos demanda atenção redobrada à segurança dos produtos, bem como ao controle rigoroso dos materiais e documentação exigidos pelos órgãos regulatórios.
O ataque do dia 28/3 provocou a paralisação da produção de radiofármacos para diagnósticos e tratamentos de câncer. Entre os medicamentos afetados estão o Iodo-131, usado contra câncer de tireoide; o Lutécio-177, aplicado em tumores neuroendócrinos; e o Gerador de Tecnécio-99m, usado em exames de imagem.
