Itaú Unibanco lança instituto e já tem 50 pesquisas em andamento em IA e computação quântica
A iniciativa nasce com 80 pesquisadores externos e 50 pesquisas em andamento, sendo 37 em inteligência artificial e 13 em computação quântica, adiantou Carlos Eduardo Mazzei, diretor de tecnologia do Itaú Unibanco.

O Itaú Unibanco lançou, nesta quinta-feira (10/4), o Instituto de Ciência e Tecnologia Itaú (ICTi) com objetivo de fomentar a inovação no setor financeiro com foco na inteligência artificial, computação quântica, realidade estendida, neurociências e robótica.
A iniciativa nasce com 80 pesquisadores externos e 50 pesquisas já em andamento, sendo 37 em inteligência artificial e 13 em computação quântica, mas o foco está sendo expandido e estão surgindo novas linhas de pesquisa todos os dias, adiantou Carlos Eduardo Mazzei, diretor de tecnologia do Itaú Unibanco, na coletiva de imprensa para o anúncio do ICTi.
Mazzei ressaltou que inovação não é algo novo para o banco, citou o histórico do Cubo e o fato de o Itaú Unibanco trabalhar com forte integração entre dados e IA, produtos, design e tecnologia. Somente a área de tecnologia da informação do banco conta com 17,5 mil colaboradores, sendo 450 cientistas de dados.
O foco, disse ele, é simplificar o mundo financeiro. “O ecossistema de inovação do Itaú é robusto. Começou com Cubo, que hoje é maior ecossistema de startups da América Latina, com mais de 500 startups, 70 grandes players, fundos de investimentos e 12 hubs com foco em diferentes segmentos de mercado”, explicou.
Agora, além do Cubo, o ICTi firma parceria com a academia. O instituto mira a inovação no ambiente científico, estreitando o relacionamento entre banco e instituições acadêmicas. “A ambição é criar soluções disruptivas em parceria com as mais inovadoras instituições acadêmicas do mundo; formar e atrair novos talentos e fomentar o desenvolvimento tecnológico no Brasil”, destacou Mazzei.
O instituto se respalda no Marco Legal de Inovação de 2004 e tem como objetivo promover a inovação por meio de pesquisa aplicada, transferência de tecnologia e desenvolvimento tecnológico, gerando inovações, desenvolvimento de produção científica e de propriedade intelectual para o Brasil.
Como pano de fundo, Mazzei destacou a mudança no comportamento humano que impacta o consumo e as expectativas de atendimento também. “Entendemos que este conjunto de tecnologias vai mudar como o brasileiro se relaciona com o mercado financeiro”, afirmou o executivo, ressaltando que as linhas de pesquisa vão ao encontro desta transformação.
O próprio Itaú Unibanco já colocou a inteligência artificial no centro da estratégia para a construção de experiências mais completas e focadas no bem-estar financeiro dos clientes.
Parcerias
O ICTi tem parcerias com o meio acadêmico, tais como o Centro de Ciência de Dados da USP (C²D), MIT, Stanford HAI, além de universidades federais como a de Pernambuco (UFPE), do Paraná (UFPR), de Goiás (UFG) e a Fluminense (UFF). Também forma parte do ecossistema a Fundação Itaú, o Instituto Euvaldo Lodi (IEL), o CNPq e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo (IPT).
Anna Reali, professora titular de engenharia de computação da USP e coordenadora do C²D, assinalou que “a expansão da parceria entre empresa e universidade pode dar bastante reflexo positivo para o Brasil e é uma maneira de se ficar atento a tudo que está acontecendo no mundo”. O Centro de Ciência de Dados C²D foi criado em 2018 para fomentar a pesquisa e inovação e com isso formar recursos humanos que possam enriquecer esta área.