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Mazzei, do Itaú: Tecnologia financeira tem a obrigação de vir para o mundo real do cidadão

“O ICTi é uma instituição que a gente acredita muito e vai trazer muito valor por unir mercado e academia”, destacou Carlos Eduardo Mazzei, diretor de tecnologia do Itaú Unibanco.

Por Roberta Prescott

O Instituto de Ciência e Tecnologia Itaú (ICTi), anunciado nesta quinta-feira (10/4), nasce como um centro de pesquisa com a ambição de um motor estratégico de transformação, ampliando as fronteiras da ciência aplicada no Brasil e posicionando o Itaú Unibanco como um vetor de conexões entre universidades, ecossistemas de inovação e o mercado produtivo.

“O ICTi é uma instituição que a gente acredita muito; é uma iniciativa nova que a gente entende que vai disputar e, de fato, vai trazer muito valor, tanto para o ecossistema financeiro brasileiro quanto para o ecossistema acadêmico”, destacou Carlos Eduardo Mazzei, diretor de tecnologia do Itaú Unibanco, em entrevista à CDTV.

O Instituto atuará como ponte entre o conhecimento científico e as aplicações práticas para o setor financeiro, ajudando a formar talentos, gerar propriedade intelectual e fortalecer o ecossistema tecnológico dentro do segmento bancário brasileiro. “Nossa intenção, de fato, é conseguir entender como cada uma dessas tecnologias podem ser aplicadas no mundo real e facilitar a vida no dia a dia do brasileiro na sua relação financeira”, disse.

Com foco na geração de conteúdo científico e na aplicação dessa tecnologia para geração do bem-estar financeiro, o instituto começa com 80 pesquisadores e 50 pesquisas em andamento em inteligência artificial e computação quântica (leia mais aqui).


O instituto se aprofundará em temas relacionados a IA, computação quântica, realidade estendida, neurociências e robótica, com pesquisas conduzidas por colaboradores, especialistas e bolsistas de universidades parceiras. São três modelos de programas de bolsas com universidades brasileiras e internacionais, que variam de acordo com a categoria de propriedade intelectual do que é pesquisado, o nível de maturidade tecnológica (TRL) e o tipo de parceria.

A iniciativa conta, atualmente, com cerca de 80 pesquisadores externos, que atuam em programas de bolsas remuneradas em parceria com as mais renomadas instituições de ensino do Brasil e do mundo. As bolsas são voltadas para pesquisadores de iniciação científica, mestrado e doutorado com alto nível de formação técnica, que passam a atuar em projetos de pesquisa que buscam resolver problemas de negócios e mapear oportunidades de melhoria na experiência dos clientes do Itaú.

Uma das linhas de pesquisa em andamento tem a ver com a inteligência artificial responsável. “É como a gente faz uso dessa tecnologia para garantir toda ela esteja voltada a preservar os valores e culturas que a gente acredita e que reduza vieses que podem ser gerados; e também é uma pesquisa bastante interessante quando a gente fala de inteligência inteligência artificial, falando sobre deep fakes, como que a gente reduz a probabilidade de uso dessa tecnologia para para uso impróprio e para redução de fraudes”, detalhou.

Mazzei frisou que se trata de uma instituição sem fins lucrativos, mas não detalhou, durante a coletiva de imprensa, os investimentos ou quais seriam os aportes do banco no ICTi. Existe um grupo de diretores responsáveis e pessoas dedicadas ao tema de pesquisa. E uma troca com o banco, mas sem a obrigatoriedade de o que seja pesquisa ser aplicado necessariamente no Itaú.

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