Trump faz operação para salvar a Apple depois do tarifaço
A decisão de retirar a supertatarifação de 145% de smartphones, computadores e outros produtos trouxe alívio, mas grandes fabricantes como a Apple e a Samsung estão correndo para migrar suas produções da China para países como Vietnã e Índia, o que implica gastos elevados.

Operação salva Apple está em curso depois do tarifaço do governo Trump, mas analistas dizem que a situação ainda é complexa. Neste final de semana, o governo norte-americano isentou smartphones, computadores e uma série de outros produtos de tarifas recíprocas trouxe alívio temporário aos fornecedores globais.
Para o analista da TF International Securities, Ming-Chi Kuo, a imprevisível política tarifária do governo dos EUA “representa a maior incerteza de curto prazo para o fornecimento de iPhones”. Ele acrescentou que, embora a medida reduza as tarifas na China de 145% para 20%, a pressão sobre a Apple permanece significativa.
As linhas de montagem na China para iPhones a serem enviados aos EUA permanecem paralisadas, começou Kuo, o que implica que a Apple planeja fabricar todas as unidades para seu mercado doméstico exclusivamente na Índia a partir deste ano.
O analista sênior da Counterpoint Research, Ivan Lam, disse ao Mobile World Live que, com os fornecedores enfrentando desafios tarifários e crescente incerteza, eles acelerarão as iniciativas em andamento para transferir a montagem para fora da China e encontrar fornecedores alternativos. Ele observou que a Samsung já transferiu grande parte de sua produção de smartphones e tablets para o Vietnã e a Índia, mas espera que seus esforços de diversificação sejam acelerados.
Além de smartphones e laptops, discos rígidos, processadores e chips de memória, monitores de tela plana e equipamentos de fabricação de chips estão excluídos da tarifa de 125% para a China e da tarifa global básica de 10% para outros países. Na semana passada, a Reuters noticiou que
cerca de 1,5 milhão de iPhones foram enviados da Índia, enquanto a Apple buscava evitar tarifas e aumentar os estoques nos EUA, seu maior mercado.