SAS encontra “oceano azul” na área de auditoria
Aproximação com a auditoria trouxe oportunidades no governo, manufatura e utilities, cada vez mais preocupadas com risco, gestão e compliance.


Por Fábio Barros
Durante anos o SAS Institute apostou no setor financeiro como o principal cliente do que a empresa chama de soluções de inteligência de segurança. O grande foco eram áreas como pagamento e concessão de crédito, que utilizavam estas ferramentas para analisar riscos relacionados aos potenciais clientes.
“Com o tempo percebemos que as áreas de auditoria tinham interesse em soluções deste tipo de solução e que elas tinham a possibilidade de integrar os esforços de primeira, segunda e terceira linha”, explica o head de risco, fraude e compliance do SAS para a América Latina, Ricardo Saponara.
Ele explica que, em nível corporativo, há uma definição de três linhas de segurança: a primeira é a das áreas de negócio que demandam a criação de regras e alertas; a segunda são os controles internos criados a partir daí, que priorizam e validam as regras; e, por fim, a terceira linha é a auditoria interna, que monitora os controles e realiza eventuais ajustes.
De acordo com Saponara, quando o foco da oferta de soluções estava na primeira e na segunda linhas, ela ficava restrita ao setor financeiro. “Com a terceira linha, as auditorias, expandimos nossa oferta para outras indústrias, incluindo governo, manufatura e utilities”, revela.
O executivo lembra que esse movimento da companhia começou há cerca de dez anos, ganhou corpo há quatro anos e, com a popularização do uso de inteligência artificial, vem explodindo. Não por acaso, no Brasil as soluções do SAS são utilizadas pelas áreas de auditoria de empresas como Vale, Neoenergia, Bradesco e XP, entre outros. “Essa área de auditoria tem sido um oceano azul para nós”, comemora, lembrando hoje ser muito difícil encontrar fornecedores de analytics focados na solução de problemas da área que, ao contrário de outras áreas de negócio, tem mais pode de decisão e de influência dentro das empresas.
O country manager do SAS no Brasil, André Novo, concorda, lembrando que áreas que não eram alvo do uso de tecnologia estão cada vez mais preocupadas com risco, gestão e compliance e com apetite para entender como a tecnologia pode ajudá-las a trabalhar de forma mais eficiente, rápida e segura. “Hoje conseguimos contextualizar e ver como utilizar melhor a tecnologia para ajudar as empresas nessa parte de smart audit”, afirma.