SAS: IA tem a missão de enterrar os silos nas decisões corporativas
As empresas já entendem que os silos de dados precisam acabar para que a tomada de decisão fique mais inteligente, mas a jornada está apenas começando, observa o country manager do SAS, André Novo. Ele rejeita a tese que os agentes IA vão roubar o lugar do humano. "A supervisão sempre será humana".

A Inteligência Artificial é um investimento alto, mas inevitável para as empresas, pontuou o country manager do SAS, André Novo, em entrevista ao CD Cast, do Convergência Digital, durante o Febraban Tech 2025, realizado de 10 a 12 de junho, em São Paulo. O executivo lembrou que toda hora se vê a IA sendo usada para fraudes e avisa: será assim para todo o sempre.
“As fraudes vão continuar, mesmo com o avanço da IA. Os fraudadores entendem de tecnologia tanto ou mais do que as empresas e sempre buscam as brechas e as vulnerabilidades. E elas existem. As empresas têm de se prevenir de forma contínua”, enfatizou André Novo. Indagado sobre o papel dos agentes IA, o country manager disse que eles foram tema central do evento mundial da companhia, o SAS Innovate, realizado em maio, nos Estados Unidos.
Para o executivo, os agentes IA dão cada vez mais autonomia para uma solução de IA, mas a supervisão constante é do ser humano. “Mas os agentes IA tiram a necessidade de os humanos estarem presentes o tempo todo”, disse. O SAS busca, de forma contínua, permitir a decisão inteligente para a tomada de decisão. E André Novo advertiu: é hora de pôr fim aos silos de informações.
“Os silos são fragmentados e precisam se unificar. Há uma decisão para fraudes, há outra para customer experience e outra para risco. Temos que unificar as informações e criar uma tomada de decisão corporativa. Um grande banco do Brasil nos contratou e está fazendo essa unificação para implantar regras e modelos de uso mais rápidos de IA. O objetivo é acelerar a decisão para o bem do negócio”, contou o country manager do SAS.
Indagado se o Brasil está para trás na corrida da inteligência artificial, André Novo disse que não, mas ressaltou que o País precisa fazer uma IA que atenda as nossas especificidades. “Não se deve tentar investir naquilo que já se faz no mundo. Temos de ver as nossas possibilidades”, afirmou. Novo disse ainda que o diferencial brasileiro é a criatividade. “Nós somos criativos, fugimos das amarras. Esse é o ponto que temos de avançar”. Assista à íntegra do CD Cast com o country manager do SAS, André Novo.