Agentes de IA exigem migração para redes autônomas
"Ainda há um grande parque de infraestrutura de rede para atualizar no Brasil. Mas a IA está forçando essa migração. Os agentes IA estão chegando às redes", afirma o diretor para a América Latina da Extreme Networks, Renato Chaves, que fala da parceria firmada com a VoxData Technology.

Sem rede não há transformação digital e inteligência artificial, decreta o diretor para a América Latina da Extreme Networks, Renato Chaves. Segundo ele, a pandemia de Covid-19 foi relevante para se detectar a obsolescência das infraestruturas e, agora, a pressão vem da inteligência artificial.
“As empresas estão investindo. Elas sabem que para ter todo o potencial da IA, elas terão de ter uma infraestrutura melhor”, ressalta. Em entrevista ao CD Cast do Convergência Digital, Chaves não hesita em dizer que os agentes IA chegaram às redes.
“As redes autônomas, ou redes inteligentes, onde é possível redirecionar um pacote se ele estiver com dificuldade para chegar ao seu ponto, o gerenciamento é a palavra-chave. E aqui temos uma forte parceria com a VoxData Technology. Nós queremos que o administrador de rede não fique 95% do seu tempo apagando incêndio”.
Chaves diz que o Wi-Fi 8 está chegando e indagado sobre briga pela faixa de 6GHz no Brasil – a Anatel quer dividir a faixa com as teles dando 500 Mhz para o Wi-Fi e 700 Mhz para o 5G – o executivo foi cauteloso com a disputa.
“Verdade é que essa disputa só trava os projetos outdoor”, adverte. Mas também disse que as ‘avenidas’ do Wi-Fi – 2,4GHz e 5GHz- estão bem congestionadas. Já o 6GHz está sem tráfego algum. “E o Wi-Fi 8, que reduzirá a latência em tempo real, exige espectro”, adicionou.
Nas redes cabeadas, os switches terão de ficar cada vez mais com capacidade, não apenas de memória e processamento, mas também com redução de latência, como demanda dos datacenters, vitais para o tráfego da Inteligência Artificial.
“Tenho convicção que as redes serão autônomas, elas têm de ser plug and play, sem configuração. A Extreme saiu na frente e já faz isso há oito anos. Mas com IA, agora, todas terão de se falar por conta do gerenciamento. Cada vez mais aumenta o número de pessoas e dispositivos conectados. O gerenciamento será estratégico. Se a rede cair, caiu tudo”. Assista a íntegra da entrevista com o diretor para a América Latina da Extreme Networks, Renato Chaves.