Biz avança com IA no WhatsApp e quer bater marca de R$ 50 milhões em crédito como serviço
Agente Gabiz, criada especificamente para o WhatsApp, lançada há pouco menos de dois meses, já têm cinco clientes e vai ganhar nova versão ainda em julho, conta o CEO da fintechs, Douglas Barrochelo.

Lançada em junho, na Febraban Tech, a Gabiz, primeira agente financeira de IA via WhatsApp, já contabiliza cinco clientes e vai ganhar a versão 2.0 com novas features ainda no mês de julho, conta em entrevista ao Convergência Digital, Douglas Barrochelo, CEO da Biz, infratech para serviços financeiros e benefícios corporativos.
A Biz, infratech para serviços financeiros e benefícios corporativos, prevê chegar a 6 bilhões de transações até o final de 2025. A maior parte desse volume está concentrada na gestão de benefícios corporativa de vale-transporte e vale-refeição a planos de saúde.
“O WhatsApp será o grande veículo para as ações das empresas com seus funcionários e hoje apenas 27% delas têm essa interação real pela ferramenta. Os agentes IA, como a Gabiz, só tendem a crescer, até porque a hiperpersonalização é a meca das organizações”, explica Barrochelo. O diferencial da Gabiz é que ela é White label, ou seja, as empresas usam com a sua marca e estreitam o laço com seus funcionários pela plataforma.
“Não vejo daqui a pouco as pessoas indo no app da Uber para pedir carro. Elas vão pedir pelo WhatsApp, pela plataforma da sua empresa. O mesmo vai acontecer com comida. O WhatsApp vai ser cada vez mais o canal de comunicação”, antecipa. Além da Gabiz, a Biz trabalha com produtos financeiros, até porque adiciona Barrochelo, todas as organizações querem ser protagonistas das suas jornadas digitais com soluções próprias.
A mais recente solução voltada para empresas é o produto de antecipação salarial, na qual a empresa já concedeu R$ 4,5 milhões de crédito, mas projeta chegar a R$ 50 milhões até o final do ano. A ideia é antecipar até 30% no cartão de relacionamento da empresa com o funcionário e há regras estipuladas, como não permitir que o crédito vá para jogos de azar, exemplifica o CEO da Biz. Duas companhias aéreas já são usuárias da facilidade. ” A antecipação salarial virou uma espécie de LIS (cheque especial) da empresa para o funcionário, mas sem as taxas tão elevadas. A Biz mesmo não cobra juros pela transação. Nós ganhamos pela taxa de intercâmbio”, adianta.
Autorizada a atuar como Instituição de Pagamento (IP) no ano passado pelo Banco Central, a Biz admite que o ataque hacker à CM & Software, que teria causado um prejuízo de R$ 1 bilhão em IPs ligadas ao Pix, afeta a reputação do ecossistema financeiro.
“Sou muito ávido pela inovação, sou muito a favor da competição, mas temos de assumir que os bandidos também evoluíram. É preciso medidas mais fortes. E o Banco Central já está fazendo um arcabouço regulatório mais forte. O ecossistema já se mobiliza também por mais segurança. As leis têm de ficar mais duras com os infratores. A impunidade é um atrativo grande para os bandidos”, completa.