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Prods firmam carta-compromisso para acelerar transformação digital do setor público

Carta de Brasília prioriza IA ética, política nacional de dados, autonomia tecnológica, segurança e foco no cidadão.

Durante o Secop 2025, as empresas estaduais de processamento de dados firmaram a Carta de Brasília, um documento que consolida as prioridades das empresas públicas de TI para os próximos anos. Como destacou o presidente da Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Tecnologia da Informação e Comunicação (Abep-TIC) e da Empresa de Tecnologia da Informação do Ceará (Etice), Francisco Barbosa, são cinco compromissos de políticas permanentes para garantir a soberania digital do país.

O primeiro compromisso é implementar inteligência artificial com governança, ética e transparência, criando protocolos para uma IA soberana do setor público, capaz de proteger dados sensíveis e garantir segurança da informação. O segundo é estabelecer uma política nacional de dados, com interoperabilidade entre sistemas para que o Estado trate o cidadão de forma unificada, evitando duplicidades e permitindo serviços mais integrados.

O terceiro compromisso é assegurar autonomia tecnológica, com a construção de data centers e nuvens próprias para armazenar informações estratégicas do governo, reduzindo dependência de big techs e reforçando a soberania digital. O quarto é implementar cibersegurança 360, com proteção integral contra ataques, adoção de Centros de Operações de Segurança (SOCs) nos estados e resposta contínua às ameaças cibernéticas.

Por fim, o quinto compromisso é aperfeiçoar a experiência do cidadão, garantindo que os serviços digitais realmente cheguem e facilitem a vida da população — como matrículas escolares automáticas, alertas de vacinação e integração entre diferentes áreas de governo via aplicativos móveis.

“Temos mentes brilhantes, infraestrutura e capacidade de produzir tecnologia de ponta no Brasil. Não podemos parar. É preciso manter esses compromissos como prioridade para que a transformação digital chegue efetivamente às pessoas”, afirmou Barbosa. Segundo ele, a concretização dessas metas depende de investimentos, parcerias com empresas e instituições financeiras e da continuidade do trabalho das lideranças das empresas públicas de TI. Assista a entrevista com o presidente da ABEP-TIC, Francisco Barbosa.


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