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Se quer jogar o jogo da IA, o Brasil precisa de um pacto nacional por infraestrutura

A afirmação foi da presidente da comissão especial sobre Inteligência Artificial na Câmara dos Deputados, Luísa Canziani, PSD/PR, no Painel Telebrasil Summit 2025

“Para garantir um ambiente inovador de desenvolvimento da tecnologia, necessariamente, nós precisamos de segurança jurídica. Não só a segurança jurídica na concepção das leis, mas sobretudo na fiscalização e na implementação”, destacou a deputada Luísa Canziani, presidente da comissão especial sobre inteligência artificial na Câmara dos Deputados, em sua participação no Painel Telebrasil Summit 2025.

A Câmara dos Deputados está discutindo uma legislação capaz de enfrentar os desafios, enquanto nação, acerca da inteligência artificial, de forma a garantir que o Brasil seja um país inovador e que ao mesmo tempo proteja a integridade de todos. “Nós temos um desafio grande, porque, a depender da legislação, o custo de conformidade será muito elevado e matará o desenvolvimento da tecnologia, principalmente, dos pequenos e médios, das nossas universidades, das nossas aceleradoras”, ponderou a deputada.

Com relação à infraestrutura inteligente, Luísa Canziani lembrou que existem ainda 12 milhões de lares brasileiros sem acesso à internet e mais da metade da população brasileira com uma conectividade baixa. “Nós temos, obviamente, que levantar esse tema, garantindo não só elementos físicos, mas também tecnológicos, torres de transmissão, satélites, cabos de fibra ótica e redes de conexão estáveis e abrangentes”, afirmou. 

Também ressaltou a importância de assegurar a descentralização dos datacenters e dos cabos submarinos. “Mais do que nunca, nós precisamos garantir e fazer um grande pacto pela infraestrutura em nosso País.” 

Na terceira e última provocação, Luísa Canziani disse que o tópico inteligência humana faz referência ao desafio de preparar as futuras gerações para atuar conjuntamente com as máquinas e os robôs. “Precisamos formar as novas gerações por meio do letramento digital. Temos dois grandes desafios na educação brasileira. O primeiro deles é o direito ao aprendizado, para as nossas crianças e jovens não só estarem na escola, mas efetivamente aprenderem. O segundo é o desafio da desigualdade educacional entre diferentes estados, regiões e condições socioeconômicas diversas”, enumerou. 



Além de vencer esses dois grandes problemas que são, inclusive, do século passado, é preciso preparar os jovens e as futuras gerações para um mundo dinâmico e inovador. “Na minha percepção, mais do que nunca, nós temos que falar de inteligência artificial lado a lado com a questão educacional, a questão do desenvolvimento digital.”

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