Segurança

Deepfakes: 62% das empresas sofreram ataques com vídeo ou áudio de inteligência artificial

Em pesquisa da Gartner, 29% afirmaram ter enfrentado ataques diretos à infraestrutura de aplicações generativas.

Mais da metade das organizações já foi alvo de ataques cibernéticos envolvendo deepfakes, segundo pesquisa da consultoria Gartner. O levantamento, realizado entre março e maio de 2025 com 302 líderes de cibersegurança da América do Norte, Europa, Oriente Médio, África e Ásia-Pacífico, aponta que 62% das empresas sofreram algum tipo de ataque usando vídeos ou áudios falsificados por inteligência artificial.

O estudo mostra também que 32% das organizações relataram incidentes contra aplicações de IA nos últimos 12 meses. Entre os entrevistados, 29% afirmaram ter enfrentado ataques diretos à infraestrutura de aplicações generativas. Esses sistemas, segundo a Gartner, estão especialmente vulneráveis a técnicas conhecidas como adversarial prompting, em que criminosos exploram brechas para manipular modelos de linguagem ou multimodais e induzi-los a produzir respostas enviesadas ou maliciosas.

A pesquisa indica que, embora a maioria das organizações não tenha registrado incidentes graves, uma parcela relevante já enfrentou problemas significativos. No caso de aplicações de IA, 4% relataram ataques de maior impacto explorando prompts. Entre os que lidaram com ataques envolvendo deepfakes, 6% enfrentaram episódios de engenharia social durante chamadas de vídeo e 5% durante ligações de áudio.

Para a Gartner, os números reforçam a necessidade de políticas robustas de segurança cibernética e de uma avaliação constante dos riscos trazidos pela rápida adoção da inteligência artificial generativa. Além da proteção tecnológica, especialistas destacam que treinamento das equipes e protocolos de resposta rápida são cruciais para mitigar ameaças que utilizam recursos sofisticados, como os deepfakes.


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