Depois dos hackers, Banco Central adia lançamento do Pix parcelado
Previsão era que função já estivesse disponível em setembro, mas deverá levar ao menos mais três meses para sair do papel

O Banco Central adiou o lançamento do Pix parcelado, nova função que vem sendo desenvolvida pela autoridade monetária. A previsão inicial era que a funcionalidade estivesse disponível em setembro, mas as medidas para reduzir as vulnerabilidades do sistema – especialmente depois dos ataques hackers – ganharam maior urgência, o que deixou a agenda de inovações em segundo plano.
A decisão é por avançar com equilíbrio entre as novas regras e os modelos de parcelamento no Pix que foram criados pelos bancos. O novo produto tem o objetivo justamente de padronizar as soluções de crédito no Pix que já existem no mercado. Nesse formato, o cliente pode parcelar o pagamento, por meio de uma contratação simultânea de empréstimo junto ao banco, mas o destinatário recebe o dinheiro na hora.
No último calendário divulgado pelo BC ao mercado, no fim de junho, o regulamento do Pix parcelado e os demais manuais sobre o produto, como de experiência do usuário, seriam publicados em setembro. No mesmo mês, começaria um período de convivência com os modelos privados, cujo prazo se encerraria em março de 2026. O regulamento deve ser divulgado em outubro, mas o manual de experiência, por exemplo, só deve vir a público em dezembro. Pessoas envolvidas na discussão dizem que atraso no lançamento do novo produto deve ser de até três meses e que a justificativa é o foco nas ações de segurança após os ataques a participantes do Pix. Procurado, o BC não comentou.