Inovação

São Paulo e Rio no top 7 global de cidades inteligentes

Saúde e qualidade do ar se destacam. Infraestrutura ambiental tem pior nota. Londres e Paris lideram.

O Brasil emplacou duas representantes no ranking das megacidades com as infraestruturas mais inteligentes e resilientes do planeta, elaborado pela Safwan Bashundhara Global (SBG). São Paulo ocupa a terceira posição mundial, com nota 8,44, enquanto o Rio de Janeiro aparece em sétimo lugar, com 8,15 pontos. O levantamento avaliou dez metrópoles em critérios como infraestrutura ambiental, qualidade do ar, acessibilidade aos serviços de saúde e mobilidade urbana.

São Paulo, maior cidade da lista com quase 23 milhões de habitantes, registra a pior nota em infraestrutura ambiental (3,59/10). Ainda assim, a capital paulista se destaca positivamente em saúde, com 4,63 pontos, superando Paris e Londres, e figura entre as três melhores em qualidade do ar (0,72/10). Já o Rio de Janeiro, com 13,9 milhões de habitantes, apresenta bom desempenho em acessibilidade a serviços de saúde (3,24/10) e mobilidade (2,95/10), mas também enfrenta desafios na área ambiental (5,64/10).

No topo do ranking global estão Londres (9,35) e Paris (9,02). A capital britânica lidera em infraestrutura ambiental, mas registra o pior índice de qualidade do ar (0,04/10). Paris, por sua vez, se destaca na mobilidade (6,23/10), beneficiando seus 11,3 milhões de moradores.

O estudo foi divulgado em meio à projeção de crescimento do mercado global de infraestrutura, avaliado em US$ 3,78 trilhões em 2024 e com expectativa de alcançar US$ 5,62 trilhões até 2031. Segundo Safwan Sobhan, fundador e presidente da SBG, os resultados reforçam a importância de investimentos consistentes no setor.

“Na era atual, a resiliência e a inteligência das infraestruturas urbanas são vitais não apenas para proteger os cidadãos, mas também para criar exemplos globais de sustentabilidade. As cidades precisam acompanhar o ritmo do crescimento populacional, das mudanças climáticas e das transformações econômicas para não ficarem para trás”, destacou.


Sobhan ressaltou ainda o papel estratégico da mobilidade urbana. “Uma rede de transporte eficiente não apenas impulsiona a atividade econômica, mas também ajuda a reduzir congestionamentos e poluição. As cidades mais visionárias são aquelas que usam dados em tempo real e investem em soluções verdes, capazes de antecipar crises e se recuperar rapidamente, sem deixar comunidades desassistidas”, concluiu.

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