
Um processo de consulta aos fabricantes para colher informações relacionadas a questões de especificação, de modelos e últimos lançamentos começou nesta semana para levantar uma série de requisitos, incluindo aspectos físicos e de consumo de energia. A consulta foi um pedido do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) ao Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC) com a ideia de ser finalizada até o fim deste mês.
“A gente já pediu para o LNCC coordenar essa consulta, porque eles têm mais proximidade com os fabricantes; e o LNCC já ficou de dar início”, disse ao Convergência Digital, Guilherme Corrêa, coordenador geral de tecnologias digitais do MCTI, ao participar do Dell Technologies Forum 2025, explicando que o LNCC já é responsável pelo supercomputador Santos Dumont, que opera fisicamente em Petrópolis, Região Serrana do Rio de Janeiro.
A partir da consulta do LNCC, o governo terá subsídios para a elaboração do edital para um novo supercomputador. O Plano Brasileiro de Inteligência Artificial prevê investimentos de R$ 1,8 bilhão no equipamento.
Em 30 de setembro, foi publicada uma portaria para disciplinar o funcionamento do Sistema Nacional de Processamento de Alto Desempenho (Sinapad). Criado em 2004, o sistema reúne centros de supercomputação distribuídos pelo País, um parque em vias de ser ampliado por incentivos e ações do PBIA.
A norma disciplina a articulação entre universidades, institutos de pesquisa e centros especializados no uso de supercomputadores. Segundo a portaria, o Sinapad deverá prestar serviços de processamento sob demanda, apoiar o desenvolvimento de produtos e aplicações de alto desempenho, transferir tecnologia e fomentar a formação de profissionais qualificados na área.
O sistema será coordenado por um Conselho Diretor, presidido pela Secretaria de Ciência e Tecnologia para Transformação Digital do MCTI e com participação do Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e de representantes das instituições membros. Entre as atribuições do colegiado estão a definição de políticas estratégicas, a priorização de projetos de relevância social e a normatização de padrões e formatos para dados e códigos produzidos no âmbito do sistema.