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Red Hat: open source na veia derruba barreiras à inovação para todos

Empresa diz que é preciso controlar a ansiedade por resultados concretos com a IA e reforça a defesa do uso de múltiplas nuvens, depois da falha grave da AWS.

O impacto da inteligência artificial nos negócios foi tema do Red Hat Summit: Connect 2025, realizado em São Paulo, nesta terça-feira, 21/10. Um dos temas abordados foi o medo de ficar para trás na revolução da IA, popularmente chamado de “FOMO AI” (sigla em inglês para Fear of Missing Out).

A country manager da Red Hat no Brasil, Sandra Vaz, destacou que o desafio do momento não é apenas acompanhar tendências, mas entender como aplicar a tecnologia – diante da ansiedade por resultados concretos.

“Muitos de vocês já passaram da fase de experimentação com IA para a necessidade de implementações robustas e prontas para a produção, que entreguem valor real ao negócio. Nossa missão é acompanhá-los nessa transição de forma ágil, segura e eficaz”, afirmou.

Segundo a executiva, a chave está em combinar o poder da inovação aberta com o potencial da IA, em vez de adotar soluções isoladas ou dependentes de fornecedores únicos. “Construir inteligência artificial sem uma base sólida é como tentar erguer um arranha-céu sem alicerces”, comparou.

Sandra Vaz citou ainda a recente aquisição da Neural Magic, empresa especializada em otimização de modelos generativos e na tecnologia LLM, voltada à eficiência operacional da IA nas empresas. A movimentação, segundo ela, reforça a aposta da Red Hat em democratizar o acesso à IA com o apoio do InstructLab, plataforma que permite treinar modelos menores e personalizados a partir de qualquer computador.


“Isso é o open source em sua essência: derrubar barreiras e abrir espaço para a inovação de todos”, reiterou a presidente da Red Hat Brasil.

Falha AWS e impactos

A falha grave no data center da AWS – que levou 15 horas para ser consertada e interrompeu serviços Internet – foi lembrada em coletiva de imprensa.  E mais uma vez a Red Hat aproveitou para sair em defesa das múltiplas nuvens. “Não se pode ficar dependente de um único servidor, tem de se ter opções para as aplicações”, reforçou Sandra Vaz.

Já Gilson Magalhães, vice-presidente e general manager da Red Hat na América Latina, lembrou que a companhia alerta há anos para a importância de adotar modelos híbridos. “Pode dar mais trabalho para implantar, mas garante um ambiente muito mais estável e protegido”, completou.

Reportagem de Alex Xavier

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