São Paulo: Campanha Salarial 2017 terá primeira rodada de negociação no dia 10
A primeira rodada de negociação da Campanha Salarial 2017 está marcada para a próxima terça-feira, dia 10 de janeiro, às 15h, na sede do Seprosp (Sindicato das Empresas em Processamento de Dados e Serviços de Informática do Estado de São Paulo). À mesa, temas como o reajuste salarial com aumento real e a redução da jornada de trabalho para 30 horas semanais, entre outras demandas.
A pauta foi aprovada pelos trabalhadores de TI após uma sequência de encontros que culminou com a assembleia realizada na sede do Sindpd, em São Paulo, no dia 10 de dezembro. Antes, outras 14 assembleias já haviam ocorrido em todo o estado. No total, cerca de 3.000 profissionais participaram das votações que definiram os rumos da campanha.
“A pauta da Campanha Salarial 2017 foi amplamente referendada pelos trabalhadores. Agora, temos o desafio de levar adiante a luta pela ampliação de benefícios e direitos para toda a categoria”, disse o presidente do Sindpd, Antonio Neto.
Principais bandeiras
Entre as principais bandeiras de luta da Campanha Salarial 2017, está o reajuste salarial com aumento real para os trabalhadores. O Sindicato pleiteia a correção acumulada do INPC de 2016 acrescida de 3% de aumento real. O objetivo é garantir aos trabalhadores de TI a manutenção do poder de compra dos salários, mesmo neste período de crise econômica que atinge o País.
A redução da jornada de trabalho de 40 para 30 horas semanais, sem diminuição proporcional de salário, também faz parte da pauta. A reivindicação está embasada em estudos que comprovaram os elevados níveis de estresse e pressão que atingem a categoria.
Com a redução da jornada, o objetivo é que os trabalhadores tenham mais tempo livre para o descanso e para se dedicar à família, mas também consigam ampliar a sua qualificação profissional, uma exigência constante feita pelas próprias empresas.
Ampliação das conquistas
A pauta aprovada reivindica uma série de melhorias nos benefícios sociais. Uma delas inclui o pagamento do vale-alimentação de forma conjunta com o vale-refeição. Hoje, apenas o custeio do VR é obrigatório. Outra demanda prevê que as empresas assumam integralmente o pagamento dos planos médico e odontológico dos trabalhadores, que atualmente são responsáveis por uma coparticipação.
Também estão entre as propostas a ampliação do valor pago como hora extra. Hoje, as empresas são obrigadas a pagar um percentual de 75% nas duas primeiras horas. A pauta prevê pagamento de 100% nas duas primeiras horas e de 150% nas demais, além de sábados, domingos e feriados. Benefícios que já foram consolidados nos últimos anos também integram a luta do Sindicato, como a obrigatoriedade de que todas as empresas do setor apresentem propostas para pagamento de PLR (Participação nos Lucros e/ou Resultados).