TIM prevê investir R$ 12 bilhões entre 2017 e 2019
A TIM anunciou nesta quinta-feira, 02/02, o plano industrial para 2017/2019. A operadora prevê investir R$ 12 bilhões no país nos próximos três anos, com grande foco na expansão do 4G. A proposta é levar o 4G para 3600 cidades até 2019 e superar a cobertura 3G no curto prazo.
No comunicado, a TIM também destaca que o foco no pós-pago permitirá crescer a participação desse segmento de 23% ao fim de 2016 para mais de 35% na base de clientes em 2019, mantendo sempre em ascensão a Receita Média por Usuário (ARPU). Na ultra banda larga fixa, a TIM deve alcançar 3 milhões de domicílios cobertos com TIM Live no Rio de Janeiro e em São Paulo até 2019.
“Estamos buscando o melhor equilíbrio entre os investimentos, a sustentabilidade do negócio e maior capacidade de retorno, tanto para o consumidor quanto para o acionista. A empresa seguirá mais ágil, enxuta e centrada nas demandas de consumo dos clientes, sem deixar de investir em infraestrutura de banda larga no Brasil. Vamos solidificar a marca TIM como opção relevante no alto valor e posicioná-la como a operadora de melhor custo-benefício do mercado”, declarou o CEO da tele, Stefano De Angelis.
balanço financeiro
A TIM fechou o ano de 2016 com receitas líquidas de R$ 15,6 bilhões, queda de 8,9% e lucro líquido normalizado (sem o impacto da venda das torres) de R$ 750 milhões, contra R$ 1,247 bilhão de 2015, ou queda de 39,8%. No quarto trimestre, a empresa apurou receita líquida de R$ 4,0 bilhões (queda de apenas 1,7% em relação ao mesmo período de 2015, e lucro líquido normalizado de R$ 359 milhões( menos 19,6% ao lucro de R$ 447 ano-a-ano).
No comunicado ao mercado, a operadora diz que “a rápida redução dos serviços de voz, condições macroeconômicas desafiadores e o persistente impacto dos cortes nas tarifas de terminação móvel (VU-M) são as principais causas do desempenho negativo nas receitas.” Mas ressalta que está no caminho da recuperação, pois as receitas cresceram 3,7% em relação ao terceiro trimestre do ano.
O Ebitda (fluxo de caixa) normalizado teve um resultado crescente no quatro trimestre, motivado pela redução do Opex (custos operacionais). A operadora registrou R$ 1,56 bilhão, crescimento de 5,8% ano-ano. Em 2016, a TIM apurou Ebitda normalizado de R$ 5,2 bilhões, queda de 3,2% em relação a 2015, com R$ 5,4 bilhões
Investimentos
No quarto trimestre o Capex totalizou R$1,695 bilhão, uma aceleração em comparação ao mesmo período no ano anterior (R$1,488 bilhão). No ano, o Capex somou R$4,502 bilhão, uma redução de 5,5% em relação a 2015, explicada pela empresa “por negociações com fornecedores e otimização de projetos”.
No balanço financeiro, a TIM ressalta que, mesmo com a perda de base de clientes – fechou o ano com 63, 4 milhões, contra 66,2 milhões de 2015 (-4,3%)- registra saldo positivo há três trimestres de clientes de pós-pago (os mais rentáveis). Ela conquistou mais 640 milhões de usuários pós-pagos no último período do ano.
Como consequência dessa estratégia, a empresa informa que pela primeira vez, em 10 anos, o Arpu (conta média por assinante) anual foi maior do que o do ano anterior: aumentou 7,9% ano-a-ano, em R$ 19,2, e média anual de R$ 18,00.
*Com agências de notícias